“A Regra do Jogo” tem cidade cenográfica de 4 mil metros quadrados e quase 40 construções


(Foto: Estevam Avellar/ Globo)
(Foto: Estevam Avellar/ Globo)
Globo ergue diversas construções para “A Regra do Jogo” no Projac (Foto: Estevam Avellar/ Globo)

‘A Regra do Jogo’ se passa, em grande parte da trama, em uma comunidade ficcional chamada Morro da Macaca. Erguida no Projac, a cidade cenográfica tem cerca de 4 mil metros quadrados e quase 40 construções, entre casas, comércio e escolas (uma delas é de artes marciais), além de muitos becos e vielas – conforme indica o texto de João Emanuel Carneiro. México, Itália, Grécia e Brasil são inspirações para a concepção desta comunidade. “A Macaca é um lugar que deu certo. Aqui não há tanta sujeira, tantos defeitos. As casas e o comércio foram decorados e construídos com base na espontaneidade dos seus moradores”, conta Rafael Ronconi, que divide a supervisão da produção de arte com Ana Magalhães. E isso aconteceu porque as pessoas se organizaram e fizeram tudo funcionar bem. A cidade cenográfica foi um desafio para as equipes de cenografia e produção de arte, pois o objetivo foi construir um lugar crível e vivo.

A cenografia, assinada por João Irênio, está usando alvenaria nas construções e um pedreiro foi contratado para fazer os acabamentos das casas. Ao longo da novela será possível ver o lugar se modificar, como acontece na vida real. A vegetação é um bom exemplo disso. Uma empresa especializada em paisagismo foi contratada para entender a geografia do lugar e, com isso, sugerir que tipo de vegetação cresceria por ali. A escola de artes marciais de Juliano (Cauã Reymond) ficou abandonada durante quatro anos – período em que ele esteve preso. Quando ele conquista a liberdade, o lugar está tomado por plantas. Outro detalhe interessante do Morro da Macaca é o uso de material reciclado. Os resíduos do Projac (madeira, ferro, grade, sucata) foram transformados em janelas, telhas, puxadinhos e portas. Quase tudo na Macaca é reaproveitado.

E tem a decoração dos ambientes. Muitos objetos – a maioria deles – foram comprados já usados, como as bicicletas e todo o material da barbearia. Em alguns casos, a produção comprou mobília de moradores de comunidades ou trocou algumas peças usadas por novas, como roupa de cama. Todos esses detalhes  pra tornar tudo mais próximo do real.

Susana Vieira (Foto: Globo/João Miguel Júnior)
Susana Vieira
(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

O hostel de Adisabeba (Susana Vieira) é um cenário que merece destaque. A personagem tem dinheiro e pode comprar o que quiser – nem sempre com muito bom gosto. Mas ela ama lustres e luminárias e, por isso, tem oito lustres em sua casa. É um lugar tropical, que mistura flores verdadeiras e falsas – de plástico e tecido. A produção também chamou profissionais especializados  para ajudar a decorar o ambiente de Adisabeba. Um artista plástico craque em fazer luminárias com o tubo do cano de descarga de carros produziu peças especificamente para a novela. A Noite da Macaca, a famosa e badalada boate, também pretende ser bem real. Lá vai tocar do jazz ao funk. E como há muito frequentador gringo, o tropicalismo do hostel também é parte da decoração desta balada. Nas ruas, nos arredores, barraquinhas de yakissoba, pastel com caldo de cana, raspadinha de gelo, hambúrguer. Uma mistura culinária para agradar os moradores e quem visita o Morro da Macaca.

Descendo a ladeira

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No asfalto há um cenário muito interessante, o apartamento de Feliciano (Marcos Caruso). Ele até já teve grana no passado. Mas como nunca gostou de trabalhar – ele e sua prole –, o dinheiro foi acabando e a cobertura, localizada no Arpoador, foi se deteriorando. Ana Magalhães conta que há muita coisa quebrada, estragada. “Muitas peças que remetem à década de 1970, como as uvas de louça no centro da mesa, o espelho de sol dourado preso na parece e bibelôs de porcelana azul”, descreve Ana. Segundo ela, algumas dessas peças, separadamente, seriam até interessantes. Mas o caos nesta casa existe porque tudo virou uma grande sucata. E tende a piorar. Feliciano vai receber os seus três filhos e suas famílias para viverem juntos neste apartamento. Cada um com a sua mobília, o seu espaço e a sua confusão.

Já na mansão de Gibson (José de Abreu), primo de Feliciano, a realidade é bem diferente. O gigantesco cenário é composto por peças finas, elegantes. Ali, basta bater o olho para sacar que trata-se de uma família de milionários.

Espaço multiuso   

Além dos cenários de estúdio e da cidade cenográfica, a produção de ‘A Regra do Jogo’ conta com mais um endereço. É um estúdio fixo construído também no Projac, onde serão montadas várias locações. No espaço existem a facção criminosa, os interiores de casas do Morro da Macaca, a sede Darco (academia de polícia) e ruas ermas. “É como se tivesse uma cidade cenográfica dentro de um estúdio, onde é possível controlar tudo, luz, áudio e outras variáveis”, esclarece João Irênio, o cenógrafo da novela.

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.