Não é perda de tempo assistir a Record. Pelo contrário, suas novelas, seus jornalísticos fazem a diferença. Se há excesso de Marcelo Rezende, na Globo há de novelas. Se os programas de variedade tropeçam um no outro, no SBT as mexicanas dominam. Todas as redes tem seu pecado, mesmo sendo “embispada”.

Até as pagas, estas que não param de matar gente em seus seriados, nos intoxicam com programas sobre culinária e que abusam da nossa inteligência quando falam em tom sério sobre ETs, discos voadores e Pé Grande, isso sem falar na coitada da Terra, destruída  milhões de vezes nos Discovery da vida, abusam da nossa paciência.

O brilho da Record está em ser oposição ao costumeiro mundo global, este, também, repleto de boas atrações, está em forçar o SBT a trabalhar, pois se ela não existisse, Sílvio passaria Chaves 24 horas por dia, está em reativar duas redes falecidas há anos: a própria e a Rede Mulher. A primeira veio para tentar dobrar a espinha da Globo, a segunda sofre horrores para ativar o interesse do brasileiro por notícias sérias.

Nem sempre o vitorioso continua vivo por muito tempo, Sílvio nos revelou isso quando peitou o muro global. Talvez a solução, Record, não seja vencer o concorrente e, sim, atrair a verba excessiva dele o suficiente para que ambos fiquem vivos.

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