Home » TV Foco » Destaque » Autor de “Império”, Aguinaldo Silva fala sobre a trama: “Imperou, sambou e lacrou”
"Império" coloca grande mistério para o público! Quem é Fabrício Melgaço?
(Foto: Globo/João Miguel Júnior)
Aguinaldo Silva faz balanço sobre “Império” (Foto: Divulgação/ Globo)
Autor de “Império”, Aguinaldo Silva falou sobre o folhetim, que chega ao fim nesta semana. A história da trama saiu exatamente do jeito que o escritor planejou. Segundo ele, a novela “imperou, sambou e lacrou”, ou seja, tudo deu certo.
Em entrevista ao jornal O Globo, Silva fez um balanço desses quase oito meses de “Império” no ar. O escritor falou das intempéries, como a saída repentina de Drica Moraes, entre outros assuntos. Confira.
— Fiz o que queria: um novelão, um folhetim desvairado. Mas isso não teria sido possível se toda a equipe que participou do trabalho não deixasse o pudor e o senso de ridículo de lado e mergulhasse de cabeça no melodrama e no dramalhão — acredita Aguinaldo.
Aguinaldo Silva diz que tudo deu certo em “Império” (Foto: Globo/João Miguel Júnior)
Sucesso em audiência, a trama chegou a marca de 41 pontos na semana passada – um número que não era visto pelo horário das nove desde janeiro do ano passado. Mesmo tendo enfrentado alguns percalços, o autor considera que “Império” “deu certo como um todo”.
— Sempre vejo a novela como um todo. Ou tudo dá certo, ou eu fiquei no meio do caminho. “Império”, me desculpe a falta de modéstia, imperou, sambou e lacrou, ou seja: nela tudo deu certo — afirma.
Nem a alardeada substituição de Drica Moraes (a Cora da segunda fase) por Marjorie Estiano (que viveu a vilã nos primeiros e nos capítulos mais recentes) foi capaz de abalar o folhetim.
— Foi aquele momento em que você tem que ser curto e grosso, rápido e cortante, deixar os sentimentos de lado e levar em conta o que é melhor para as pessoas que dependem do seu trabalho. A novela não podia parar. Por isso, não levamos mais que duas horas para resolver a situação — recorda ele.
Aguinaldo Silva explica que sua trama tinha, desde o início, o formato de uma saga medieval.
— Havia o castelo onde se isolava a família real, a corte que vivia em torno do castelo e a plebe. A trama central era ocupada pelos primeiros. Já os da corte e os de fora das muralhas tinham seus dramas pessoais, que podiam ser retomados, e resolvidos ou encerrados, a qualquer momento — diz.
A morte de Cora antes do fim da trama (Foto: Divulgação/ Globo)
O motivo pelo qual ele matou Cora antes do fim da novela.
— Como personagem, ela já tinha cumprido sua função na história e seria injusto mantê-la em “Império” sem ter mais o que fazer — explica o autor.
O mistério dos últimos meses, que tem movimentado a história, a identidade de Fabrício Melgaço, o inimigo oculto do Comendador José Alfredo (Alexandre Nero), será revelado no capítulo de terça-feira. Se o autor não resolver mudar na última hora, o grande vilão é mesmo José Pedro (Caio Blat).
— Na estrutura medieval da minha novela, a trama do príncipe preterido que conspira contra o imperador seu pai é obrigatória — acrescenta Aguinaldo.
Na semana passada, a notícia de que o “imperador” será assassinado pelo próprio filho, José Pedro, no último capítulo, caiu como uma bomba entre os telespectadores da novela.
— Não posso dizer o que o público pode esperar (do último capítulo), mas posso falar sobre o que ele vai querer: que a barca dos mortos dê meia volta e o Comendador retorne ao mundo dos vivos pela segunda vez… E retome o seu império.
O protagonista, um sujeito carismático, mas cheio de erros, diz o autor, fez sucesso “porque era de carne e osso”. Dona de um temperamento parecido com o do pai, a mocinha da novela, Cristina (Leandra Leal), deve ter um final feliz com Vicente (Rafael Cardoso). O cerimonialista Cláudio Bolgari (José Mayer), que abriu mão do seu amor por Leonardo (Klebber Toledo) em prol da mulher e dos filhos, vai voltar a viver com o jovem.
— Os protagonistas das histórias românticas nas novelas têm que passar por percalços antes de atingir a felicidade. Se Cláudio e Léo ficassem juntos o tempo todo a história perderia a graça, por isso eu os separei. Mas eles vão terminar juntos e, aí sim, felizes para sempre, como acontece em toda história de amor… — promete.
Já os vilões Silviano (Othon Bastos) e Maurílio (Carmo Dalla Vecchia) vão morrer. E o preconceituoso, homofóbico e racista Enrico (Joaquim Lopes), conta o autor, vai se apaixonar “por uma negra linda e se casar com ela na Itália”.
Já Xana (Aílton Graça) fica com Naná (Viviane Araújo). Eles se casam, mas Antônio (Lucci Ferreira) vai morar com os dois.
Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.
