Assistindo na última quarta-feira a novela “Vitória” exibida pela Record, acompanhei o casamento de Anastácia e Bruno, casal que aos poucos foi roubando a cena e chegou a ofuscar em alguns momentos os protagonistas. A cena foi simplesmente emocionante!

Já assisti muitas novelas, e consequentemente muitos casamentos, e nem mesmo os mais luxuosos foram tão bonitos. A beleza da história está exatamente na simplicidade da cena, que se passou em uma praça na rua, próximo ao bar Dois a Dois, e pendurado por todos os cantos cordéis.

O lado bom de assistir uma novela que é esquecida pela mídia, é justamente a surpresa. O telespectador é surpreendido a todo momento, e não apenas fica aguardando os acontecimentos que foram lidos dias antes. E o telespectador certamente foi pego de surpresa ao se deparar com um acidente que matou Bruno, que havia acabado de casar.

Dentre tantos temas reais, fortes e até emocionantes tratados na novela, como o alzheimer, neonazismo, trabalho infantil, a trama, e principalmente a autora Cristiane Fridman estão de parabéns. Na página oficial de “Vitória” no Facebook, como era se de esperar houveram algumas críticas a morte inesperada do recém casado, porém se o objetivo é retratar os perigos de se dirigir alcoolizado, uma prática que pode ser fatal, que mata centenas de inocentes e não escolhe se são pessoas de bem, ou maldosas. A novela mostrou que a todo momento podemos ser vítimas da inconsequência humana. História que consegue chocar, emocionar e até surpreender mais do que uma falsa morte na novela concorrente, que no meio de tantas falhas inexplicáveis (um homem “morre”, a família tem contato direto e não percebe que o “morto” respira e seus sinais vitais funcionam perfeitamente) parece querer fazer o telespectador de bobô.