Funcionários da GfK são expulsos de favela em São Paulo

18/11/2014 às 15h58

Por: Lucas Medeiros
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Ricardo Monteiro, executivo da GfK (Foto: Reprodução/NTV)
Ricardo Monteiro, executivo da GfK (Foto: Reprodução/NTV)

Ricardo Monteiro, executivo da GfK (Foto: Reprodução/NTV)

A GfK, um dos maiores institutos de pesquisa do mundo, já está fazendo a implantação dos 20 mil aparelhos pelo país. A previsão é de que em fevereiro do ano que vem a instalação esteja completa, para que em abril, os primeiros relatórios de audiência sejam entregues às emissoras de televisão.

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Porém, a tarefa de distribuição dos people meters não está sendo nada fácil para os funcionários da empresa. De acordo com o jornalista Daniel Castro, eles foram expulsos por bandidos armados em uma favela de Osasco, na Grande São Paulo, local onde estavam distribuindo de alguns aparelhos.

“Os traficantes não querem que um aparelho que monitora o que as pessoas fazem seja instalado na área deles”, disse Ricardo Monteiro, diretor-geral da filial brasileira do instituto, que receberá US$ 100 milhões de investimentos de quatro redes de TV, a Record, o SBT, a Band e a RedeTV.

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Essa é a primeira vez que uma empresa medirá a audiência em favelas de São Paulo e Monteiro garante ter contornado a resistência em Osasco. A GfK promete uma medição mais representativa da população do que a do seu concorrente e, para isso, terá que estar em todas as classes.

Antes de selecionar quais seriam os 6.000 domicílios que receberão os 20 mil people meters, a GfK fez um “censo” para descobrir a “distribuição correta da população” das 15 regiões em que irá atuar. Dessa forma, seus números certamente serão diferentes dos do seu principal concorrente.

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A audiência individual será medida pela GfK e não a domiciliar. Por isso, cada um ponto no novo instituto representará 1% da população media (cerca de 200 mil pessoas na Grande SP) e não 1% das casas (65 mil). Assim, o número de telespectadores é que será medido, não os pontos.

A GfK também medirá todo o uso que se faz do televisor e não apenas das emissoras na TV aberta. O conteúdo que passar pela tela dos televisores será medido,seja de um sinal aberto, TV por assinatura, Xbox, de Google Chrome, Apple TV e até aplicativos como os da Netflix.

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A medição começará para valer em abril, nas regiões de São Paulo e Rio de Janeiro. Só em junho que vai abranger os 15 mercados, que conta ainda com Campinas, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Vitória, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Manaus.

Todas as praças terão medição em tempo real, minuto a minuto e a audiência da TV paga também será em “real time”.

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