No debate presidenciável da Record houve uma polêmica por causa das declarações do candidato Levy Fidelix, quando Luciana Genro (PSOL) perguntou como ele enfrentaria os casos de agressões contra a comunidade gay no País.
Respondendo a indagação, ele afirmou que dispensava os votos de uma minoria que quer ter privilégios de maioria. Ele disse que se dependesse da comunidade gay, o País de quase 200 milhões de habitantes estaria reduzido a cem moradores.
O candidato declarou ainda que dois iguais não geram filhos e que o aparelho excretor não reproduz, além de não ser obrigado a aceitar o que vê diariamente em espaços públicos como a Avenida Paulista. “Lá a coisa é feia”, disse ele.
“Vamos enfrentar essa minoria. O mais importante é que esses, que têm esses problemas, realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo por aqui não dá”, afirmou em alto e bom tom.
Antes disso, ele já havia chocado a plateia ao dizer que drogados eram pessoas improdutivas. Esse tipo de comentário não deixou apenas os telespectadores do debate chocados, mas também os jornalistas da própria emissora.
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Nos bastidores, de acordo com a coluna Em Off, ele foi chamado de babaca, idiota e incentivador do ódio e do preconceito. Alguns disseram que o candidato deveria ter saído da emissora direto para a cadeia.
Até a âncora do “Jornal da Record”, Adriana Araújo, que mediou o debate ao lado de Celso Freitas, declarou sua opinião sobre isso. Em seu Facebook, ela expressou a sua revolta por causa dos comentários que presenciou no domingo passado, dia 28.
“Como mediadora, jamais poderia me manifestar sobre a opinião de qualquer candidato. Por dever de ofício, como jornalista, durante as campanhas eleitorais não expresso minhas opiniões políticas. Assim preservo a isenção e a imparcialidade essenciais para desempenhar minha função nas sabatinas, entrevistas e debates.
Porém, por dever de cidadã, hoje preciso dizer que sou contra qualquer forma de preconceito e discriminação. Sou contra os que pensam que maiorias podem impor sua vontade, crenças e opções às minorias. Isso levaria ao massacre, à barbárie social. Por fim, sou a favor da lei que criminaliza a homofobia, que está no Congresso já há alguns anos e ainda não foi votada.
E creio, como cidadã, que em questões cruciais como essa, quem cala consente.”
Declarou a jornalista.
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