Em texto no site da revista Época, o jornalista Marcio Gomes, da TV Globo, contou o que aconteceu na Indonésia, antes de ele e o cinegrafista Geovanne Saima serem deportados pelo governo local.
Marcio comentou que a equipe da emissora estava em Manila, capital das Filipinas, para cobrir a chegada do Papa Francisco. Mas, ao saber que o brasileiro seria executado, trocou a pauta: “Comprei passagem, num voo de Manila para Jacarta, sabendo que não estaríamos prontos como na viagem papal, com credenciamento de imprensa, vistos corretos – processo de semanas. Para a Indonésia, em cima da hora, o único visto que poderíamos ter era o de turista”.
Depois de chegar à Cilacap, cidade onde fica o presídio, numa ilha, quatro oficiais da imigração pediram os passaportes dos jornalistas e os levaram para o prédio da imigração, onde um encarregado fez um interrogatório que durou três horas.
“Ele anunciou a apreensão dos documentos e me mostrou as punições a que estávamos sujeitos: cinco anos de prisão e pagamento de multa equivalente a R$ 52 mil. Ele riu da minha cara de susto. Teríamos de esperar no hotel uma decisão, sem poder trabalhar”, lembra.
Após a ajuda da embaixada brasileira no país asiático, a equipe soube que seria deportada: “Os mesmos oficiais do porto ficaram conosco até o portão de embarque, no aeroporto de Jacarta. Foi quando recebemos os passaportes de volta e nos despedimos deles. O encarregado não sorriu”.
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