A novela “Babilônia” está na sua última semana e podemos dizer que foi a que teve a menor audiência e repercussão negativa de toda a história do horário nobre da Globo. No entanto, Ricardo Linhares, um dos autores, ameniza a situação do folhetim.
Em entrevista ao jornalista Daniel Castro, ele atrela tudo isso ao “julgamento moral” do público, que é “defasado”. Apesar de estar com 10 pontos abaixo da meta estipulada pela emissora, ele comemora que “Babilônia” continua sendo líder de audiência.
Ele ainda faz uma comparação com o seriado “Chaves”, seriado dos anos 70, dizendo que se audiência fosse sinônimo de qualidade, a trama da Televisa “seria uma obra-prima”. “Foi uma trama ousada e anticonvencional”, destaca ele sobre “Babilônia”.
“Uma novela forte e marcante, líder de audiência no país. Tivemos um público fiel e entusiasmado e uma excelente repercussão nas redes sociais. Desde a estreia, as manifestações positivas sempre foram maiores do que as negativas”, diz ele, otimista.
Linhares explica também que poucos telespectadores migraram para as outras emissoras. “O público que mudou de canal foi, percentualmente, pequeno. Por exemplo: aproximadamente 2% foi para uma emissora, 2% foi para outra”, revela.
E ele não admite que a novela foi um fracasso: “Como alguém pode chamar de fracasso o programa mais assistido da televisão brasileira atualmente? Perdemos umas cinco ou seis vezes na época da estreia de I Love Paraisópolis, que é uma ótima novela”.
Para concluir, ele afirma: “É importante não confundir audiência com qualidade. Senão, , Chaves seria uma obra-prima. Nós tivemos um julgamento moral, como se o tema pudesse abalar os valores tradicionais familiares, não tivemos rejeição artística”.