No dia em que completa 39 anos, Taís Araújo publicou um vídeo lembrando sua trajetória, dos trabalhos como modelo, ainda na adolescência, dos personagens marcantes na TV, além de momentos de sua vida pessoal, como os vividos ao lado do marido, Lázaro Ramos.
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Para completar, Taís recebeu diversas mensagens de parabéns. Entre elas, a de sua amiga Camila Pitanga, que fez uma linda homenagem e publicou em rede social. “Então quero falar de @taisdeverdade! Dessa mulher destemida e generosa. Que não se acomoda, que nos encanta, que tem se consolidado como farol nesses tempos que nos exigem resistência e amor. Ou melhor, amor-resistência”, disse ela.
E Pitanga seguiu. “Angela Davis escreveu num manifesto, “As mulheres negras na construção de uma nova utopia”, a seguinte expressão: “Puxar para cima enquanto a gente avança”. Taís exerce sem esforço essa responsabilidade que nós, mulheres negras privilegiadas, temos com as mulheres vítimas da pobreza, principalmente as negras. Sua fala, seu ensinamento vêm de um lugar afetivo que representa muitos ventres e realidades que batem à porta dos corações das mães de filhos pretos. Todas. Estamos juntas, Taís! Fechadas nessa irmandade linda de quem se importa com um bem viver de todos. Muito amor a você! Parabéns pelo seu aniversário!”, encerrou.
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TAÍS ARAÚJO FAZ DESABAFO SOBRE RACISMO
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Taís Araújo resolveu fazer um verdadeiro desabafo ao comentar sobre o futuro de seus filhos. Mãe de João Vicente, de 6 anos, e Maria Antonia, de 2 anos e 7 meses, a artista argumentou sobre “Como criar crianças doces num país ácido” durante palestra TEDx São Paulo.
“Eu vejo diferença entre criar meninos e meninas. Gênero é uma questão. Porque, quando engravidei do meu filho, fiquei muito aliviada de saber que no meu ventre tinha um homem. Porque eu tinha a certeza de que ele estaria livre de passar por situações vivenciadas por nós, mulheres. Teoricamente, ele está livre. Certo? Errado”, iniciou.
A atriz lamentou que o filho pode ser alvo de preconceito por conta de sua cor. “Errado porque meu filho é um menino negro. E liberdade não é um direito que ele vai poder usufruir se ele andar pelas ruas descalço, sem camisa, sujo, saindo da aula de futebol. Ele corre o risco de ser apontado como um infrator. Mesmo com 6 anos de idade. Quando ele se tornar adolescente, ele não vai ter a liberdade de ir para sua escola, pegar uma condução, um ônibus, com sua mochila, com seu boné, seu capuz, com seu andar adolescente, sem correr o risco de levar uma investida violenta da polícia. Ao ser confundido com um bandido. No Brasil, a cor do meu filho é a cor que faz com que as pessoas mudem de calçada, escondam suas bolsas e blindem seus carros. A vida dele só não vai ser mais difícil que a da minha filha”, disse.
Tais aproveitou ainda para falar sobre a filha e detalhou preocupações diferentes que possui com a menina: “Com a Maria Antônia eu me pego pensando o tempo inteiro em como nós mulheres somos criadas para agradar. O quanto nos silenciam e o quanto nos desqualificam o tempo inteiro. Quando penso o risco que ela corre simplesmente por ter nascida mulher e negra, eu fico completamente apavorada”, disse.