Quem vê hoje o mundo do jornalismo esportivo com grandes nomes femininos mal imagina que isso foi um tabu em épocas passadas. Atualmente na TV Aparecida, a apresentadora Claudete Troiano foi uma das primeiras mulheres no Brasil a embarcar no universo do futebol. Em entrevista à jornalista Karla Torralba, ela revelou detalhes dessa época de sua carreira.
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Claudete contou que era impedida de entrar nos vestiários após os jogos: “A gente não entrava. Os jogadores saiam e informação quente era conseguida no vestiário. Agora não…eles dão entrevista depois que esfriou a cabeça. Antigamente tirava informação naquele momento, com a cabeça quente. A gente entrava? Não, proibidas”.
E que sentia machismo no ambiente futebolístico: “Não era falado, mas era sentido. A mulher sabia. Mulher sempre ouviu: vai lavar roupa, quando estava dirigindo. Quando tinha uma família e a mulher ia assumir a empresa, também se duvidava dela. Não era totalmente aberto, mas também não era fechado. Foi falado pra gente pelos profissionais que criaram a equipe: vai ser diferente, mas é profissionalismo”.
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Claudete também revelou que tinha que redobrar as atenções ao checar informações sobre o que recebia da equipe, por causa de pegadinhas de colegas homens: “Eu lembro que passavam informação furadas e soltavam no estádio pra ver se embarcávamos nela. Então tinha que ficar atenta duplamente”.
Renata Fan, hoje um dos maiores nomes do jornalismo esportivo do país, recebeu aquele “empurrãozinho” da ex-colega quando estava na Record. Claudete conta que percebeu que Renata era bastante talentosa e que entendia de futebol, o que a motivou a conversar com Milton Neves sobre a moça.
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“Na Record eu falei muito com o Milton Neves: ‘tem que botar a Renta Fan pra falar. A Renata conhece, manja muito de futebol’. Porque me incomodava a figura feminina nos programas esportivos só como uma figura bonita mesmo. E com a mulher com tanta capacidade”, relembrou.
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