Em dois dias, dois jornalistas perdem emprego por racismo e homofobia

O apresentador Fábio Araújo, da TV Tambaú, afiliada do SBT (Foto: Reprodução)

Apresentador do jornal Tambaú Notícias – 1ª Edição, da afiliada do SBT na Paraíba, Fábio Araújo perdeu o emprego após se envolver em polêmica. Na ocasião, quarta-feira, 20 de dezembro, o profissional comparou Falcão com Pabllo Vittar e não economizou nas críticas e risadinhas ao falar da artista.

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“Sinceramente, eu prefiro o Falcão. O menos ruim é o Falcão. Você sabia que Falcão é filósofo? Estudado. Ele é engenheiro. Esse homem não é burro não. É um homem letrado, como diz no Ceará”, disse. Na sequência, ele pediu para tocar um trecho de “Corpo Sensual”, de Pabllo Vittar, explicando que era para ela “não ficar com inveja” de Falcão. O apresentador ainda criticou a qualidade vocal de Pabllo.

“E aí, quem é pior? Eu sou mais Falcão. Pabllo Vittar ainda tem os efeitos de estúdios, equalização, afinação… O que foi Pabllo Vittar no Melhores do Ano do Faustão? Nem a música dele ele consegue cantar. O que foi aquilo? Cantou fora do tom, só gritava. Meu Jesus do céu! Eu sou mais o meu amigo Falcão”, disse.

O jornalista William Waack (Foto: Reprodução/Globo)

Não deu outra, Fábio foi demitido da afiliada da emissora de Silvio Santos e, nas vésperas do Natal, ficou sem emprego. É o mesmo que aconteceu com o famoso William Wacck, do Jornal da Globo, após ter reclamado de um motorista buzinando em frente à Casa Branca, durante a cobertura da vitória de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, em 8 de novembro. “É preto, né? É coisa de preto, com certeza”, comentou, prestes a entrar no ar, ao jornalista e diretor do Wilson Center, Paulo Sotero.

Em ambos os casos, Tambaú e Globo agiram rapidamente e tiraram os dois apresentadores do ar, reforçando o repúdio a declarações preconceituosas de seus funcionários.