Em questão de qualidade, “Pecado Mortal” foi fenômeno.


Novela é vice-líder isolada
Novela é vice-líder isolada
“Quem gosta de novelas e não assistiu “Pecado Mortal”, perdeu muito.”

“Pecado Mortal” pode ser considerada a novela mais injustiçada da história da teledramaturgia mundial. A trama de Carlos Lombardi, na Record, durante todo seu tempo de exibição marcou uma baixa audiência em São Paulo: 5/6 pontos no ibope e no Rio de Janeiro 3/4 pontos. A baixa audiência da trama não foi culpa da novela, a qual tinha uma grande qualidade em texto, historia e elenco.

“Quantidade e qualidade não andam juntas.” Com “Pecado Mortal” eu finalmente entendi o sentido dessa frase. A novela não conseguiu ter o reconhecimento que merecia por um único e simples motivo: era uma novela exibida na Record e, devido ao hábito de assistir à Globo ou o preconceito com a Record, a novela teve que sofrer com baixos índices de audiência e repercussão. Pecado Mortal foi uma novela inovadora, apesar dos descamisados que há em todas as novelas de Carlos Lombardi ou triângulos amorosos que estão sempre presentes.

A telenovela, durante várias vezes, abordou temas pesados, porém tratados de uma forma séria, sem ser sensacionalista. A trama também tinha excelentes personagens, destaque ao vilão Picasso, que mesmo sendo um vilão cheio de maldade conseguia ter um ótimo senso de humor, e a cada cena dos capítulos soltava um comentário completamente hilário. Picasso foi um vilão que para ser engraçado não precisava ficar repetindo “eu salguei a santa ceia” de 1 em 1 segundo em todos os capítulos.

Outro destaque é o ator Luiz Guilherme que deu vida ao personagem Michelle Venetto. Além de ser um ótimo personagem para um ótimo ator, Luiz Guilherme usou um sotaque italiano bem convincente, diferente daquele usado pelo elenco de “Esperança”, “Passione” e ” Terra Nostra”.

A notoriedade vai também para o principal casal da trama: Carlão (Fernando Pavão) e Patricia (Simone Spoladore), um bom casal protagonista que tiveram destaque do começo até o fim da novela, diferente de muitas tramas nas quais o casal protagonista é sem sal e acaba perdendo o destaque até para o personagem secundário. Carlão (Fernando Pavão) não é o tipo ator galã que serve apenas para fazer uma atuação meia boca em novelas e depois fazer propagandas de desodorantes, cuecas e chinelos. Carlão era o tipo de protagonista que a gente assiste apenas no cinemas; Ele conseguia passar emoção nas cenas adequadas e conseguia criar um tipo de personagem que fazia o público torcer por ele. Patricia (Simone Spoladore), diferentemente da maioria das protagonistas, não era uma mocinha chata, muito pelo contrário; Simone conseguia fazer ótimas “caras e bocas” no papel de sua personagem.

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Outra personagem que não fazia parte do núcleo principal, mas teve bastante destaque foi o Seu Jura, Fabio Villa Verde. Este conseguiu fazer um personagem gay sem precisar exagerar no caricato, na minha opinião o melhor personagem gay em novelas desse ano não foi o Felix, e sim o Seu Jura.

Outro detalhe importante da novela era que todos os personagens, até os figurantes, em alguns momentos se tornavam peças chaves da história, a qual era bem redonda, sem nenhum buraco. Então posso dizer que “Pecado Mortal” foi uma novela inovadora. Até a Globo deve concordar comigo, já que a próxima novela das 18h,”‘Boogie OOgie”, passar-se-á nos anos 70 e terá troca de bebês; Coincidência, né?

De qualquer forma “Pecado Mortal” teve somente um resultado negativo no quesito audiência pelo fato de se apresentada na Record. Só por ser uma novela da Record já existe um “boicote de mídia”, em que a novela é excluída das revistas, jornais e sites de entretenimento. O único jeito de uma novela da Record conseguir destaque na mídia são com matérias do tipo “A Audiência está ruim”, “A audiência piorou”, etc.

Tenho certeza de que se “Pecado Mortal” fosse exibida no horário nobre da Globo, ela provavelmente teria alcançado um feito do tipo “A maior audiência dos últimos 10 anos”. Se “Amor à Vida” ou “Em Família” fossem feitas na Record com o mesmo elenco, autor, diretor, câmera, figurante e cenários, acho que se marcassem 2 pontos de média seria muito. Mas, de qualquer forma, a baixa audiência não afetou a qualidade da novela, que começou e terminou ótima. O único problema foi que de estava sendo apresentada na Record, com isso vem o empecilho de o público que não sabe mudar de canal, o boicote de mídia, que faz de conta que a novela não existe.

Então não adianta, a próxima novela da Record pode ser escrita por Cristopher Nolan e dirigida por Steven Spielberg que não vai dar certo enquanto o público não souber mudar de canal e os principais meios de comunicação continuarem a boicotar produtos feitos por uma emissora que não é a lider. “Pecado Mortal” foi uma novela completa: com cenas de humor de invejar a todos os filmes de comédia; Cenas de ação que invejariam Stallone, Shwarzenegger e Chuck Norris; Sem contar algumas referências que a novela fez a filmes como “O Poderoso Chefão”.

“Pecado Mortal” foi uma ótima novela, parabéns a Carlos Lombardi e seus colaboradores pelo excelente texto! Parabéns ao elenco pelas ótimas atuações, e parabéns à Record por investir em um produto de qualidade, por não ter medo da Globo a ponto de achar que ela é um muro e colocar sua novela para competir com o principal e tradicional produto da empresa global, que é a novela das 21h. Quem gosta de novelas e não assistiu “Pecado Mortal”, perdeu muito.

post do leitor

Texto escrito pelo leitor Antonio

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