Equipe de “Velho Chico” se esforça para compor figurino da trama nos mínimos detalhes


Eulália (Fabiula Nascimento) em gravação no interior de Alagoas (Foto: Globo/Caiuá Franco)
Eulália (Fabiula Nascimento) em gravação no interior de Alagoas (Foto: Globo/Caiuá Franco)
Eulália (Fabiula Nascimento) em gravação no interior de Alagoas
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

O figurino da próxima novela das nove, ‘Velho Chico’, foi criado respeitando um processo artesanal, em que as roupas passam por uma primeira etapa de descoloração do tecido e posterior tingimento para chegar na cor definida. A finalização é realizada com técnicas de envelhecimento natural: exposição ao sol, aplicação de cera, desgaste com lixas, pedras e a até própria terra do sertão foi usada, em alguns casos. “A gente trabalha nos detalhes. Eles fazem a diferença. É importante variar as técnicas para não ficar tudo igual. Diversidade é fundamental. No processo de envelhecimento, por exemplo, a gente vai tirando as cores do ombro, do cotovelo, para dar o ar de desgastado”, pontua Thanara Schonardie, figurista da novela.

No primeiro momento da novela, que começa no final da década de 1960 e se estende até os dias atuais, destaca-se os tons mais pastéis para o figurino dos personagens sertanejos, e tons mais saturados, mais “tropicália”, para os personagens que vivem na capital, Salvador.  “Comecei trabalhando Iolanda (Carol Castro), Leonor (Marina Nery) e Encarnação (Selma Egrei). No figurino de Leonor, estou usando muita flor e xita com estampa colorida. Os tecidos estampados vão sendo colocados em camadas e ganham volume. Já Iolanda representa a busca pela identidade brasileira, uma linguagem da tropicália, ela usa mais decotes e a roupa é mais estruturada no corpo”, ressalta Thanara.

Todo o cuidado em cada uma das peças não substitui, claro, a realidade. Por isso, Thanara e sua equipe foram em busca de moradores das regiões por onde a novela está sendo gravada para propor uma espécie de escambo. A ideia partiu do diretor Luiz Fernando Carvalho e foi executada por eles com maestria. Nas cidades do interior de Alagoas, Bahia e Rio Grande do Norte, a equipe realizou uma pesquisa e identificou possíveis peças para compor o figurino dos personagens. A partir disso, trocavam com o morador local uma roupa nova por uma já usada, e compravam algumas peças também. “Conseguimos, por exemplo, uma bota de um senhor que caminhava pela estrada. E demos outro sapato novo para ele”, explica Thanara.

Os processos de envelhecimento e vivência foram realizados com os acessórios de todos os personagens também. Até agora, a equipe já trabalhou em mais de 700 acessórios, incluindo chapéus e botas. “Para os chapéus, deixamos expostos ao sol para que assumissem um aspecto de queimado, cores distintas e usamos outras técnicas de envelhecimento. Não é só envelhecer. Tem a marca do tempo, do dia a dia. Os chapéus vieram do processo de envelhecimento e tínhamos que dar formas da cabeça. Cada personagem usa de um jeito. Tem a marca da mão, de acordo com a forma como ajeita o chapéu na cabeça”, detalha a figurinista.

“Velho Chico” é uma novela de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Barbosa, com direção artística de Luiz Fernando Carvalho.

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.