Caiu como uma bomba na redação da Globo em São Paulo a notícia de que o jornalista Marcio Gomes deixará de ser correspondente internacional em Tóquio e voltará ao Brasil, com expediente na capital paulista. Ele é considerado um dos medalhões da emissora e retorna após vários anos.
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De acordo com o colunista Daniel Castro, muita gente teme perder espaço ou o emprego com essa volta de Marcio, que é semelhante ao que aconteceu com Roberto Kovalick e Rodrigo Bocardi no passado, após uma temporada trabalhando como correspondentes no exterior.
Gomes estreou na Globo SP, no SPTV, na década de 90, mas logo em seguida foi para o Rio. Na capital carioca, ele passou a fazer plantões e coberturas de férias no Jornal Nacional. Seu retorno faz com que ele passe a se tornar um forte concorrente para as vagas de apresentador em São Paulo.
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Kovalick cobre as ausências de Carlos Tramontina no SP2 e Gomes poderá assumir, eventualmente, o SP1, SP2 e Jornal da Globo. Carlos Gil deverá assumir o lugar deixado por Marcio em Tóquio no final de junho. Sua vinda ao Brasil tornará ainda mais difícil a vida dos repórteres paulistas.
Isso porque, conforme aponta Castro, o jornalista se tornará repórter especial do Jornal Nacional em São Paulo, diminuindo o espaço dos demais. Atualmente, o JN está dando mais espaço aos repórteres de Brasília, com o predomínio do noticiário político nos últimos anos. Em 2018, a tendência é continuar como está.
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Além dos jornalistas de São Paulo estarem perdendo espaço para ele no JN, há ainda a questão financeira, já que o salário dos “medalhões” são os maiores. O de Marcio Gomes entrará no orçamento da Globo SP e, com os cortes de gastos, sua vinda pode gerar demissões de repórteres na emissora local.