O capítulo 143 de Babilônia foi ao ar na noite desta sexta-feira (28) na Globo, dando um ponto final à trama de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga. Diga-se de passagem, um desfecho à altura do péssimo desenrolar da novela.
Babilônia estreou cercada de expectativas positivas, sobretudo em virtude de ter no elenco Adriana Esteves (eterna Carminha) – novamente como vilã. No entanto, desde o pontapé inicial o folhetim foi vítima da rejeição do público.
A grande parcela conservadora não digeriu o beijo gay, dado pelas atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg na estreia, e isto ficou sendo o motivo magno da intolerância de muitos telespectadores à trama.
Alarmada, a Globo antecipou os grupos de discussão, os quais apontaram ainda a maldade, a violência, a prostituição e a religião retratadas como fatores determinantes da não aceitação por parte desses grupos ‘representativos’.
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Adequando-se aos resultados da pesquisa, a Globo embaraçou o trabalho dos autores, que findaram transformando Babilônia em uma verdadeira colcha de retalhos. Ao invés de subir, a audiência da novela continuou despencando.
Babilônia acumulou várias derrotas para a trama das 19h, I Love Paraisópolis, e também chegou a perder para a novela das 18h, Além do Tempo. Terminou conquistando o título de pior audiência da história no horário das 21h.
Os grupos de discussão apenas ajudaram a afundar de vez uma trama que poderia ter superado as dificuldades iniciais, seguindo o roteiro original previamente aprovado pela emissora, a qual conhece seu telespectador.
Diante disso, Babilônia serviu de lição – é preciso repensar a “ajuda” dos grupos de discussão -, e, com isso, a Globo não deve repetir a dose e estragar A Regra do Jogo, independente de ser “do autor de Avenida Brasil”.
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