“Não é tranquilo”, diz Bárbara Paz sobre personagem em “A Regra do Jogo”

Barbara Paz vive Nelita em “A Regra do Jogo” (Foto: Caiuá Franco)

Bárbara Paz está dando o que falar com a personagem Nelita na novela “A Regra do Jogo”. No ar há três semanas, ela já ameaçar queimar o próprio vestido em um jantar, brigou com a família, fugiu de casa e bebeu com os mendigos.

Agora, para completar, ela passou a ser manipulada por Orlando (Eduardo Moscovis). A personagem tem sérios transtornos mentais. Sobre ela, Bárbara falou em entrevista ao jornal Extra que essa é uma atitude comum nos dias de hoje.

“Hoje em dia, as pessoas vestem várias máscaras sociais e não são necessariamente doentes. Essa abordagem é bastante interessante e faz a gente refletir. Esse trabalho é tudo o que uma atriz quer”, diz a atriz, feliz com a oportunidade.

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“A bipolaridade dela tem vários níveis. Não é só um transtorno de humor, entende? É algo mais forte. Ela é bipolar psicótica, com dupla personalidade. Não é algo tranquilo. Procuro me distanciar para não me afetar”, explica a morena.

“Chego mais cedo no set para me familiarizar com o ambiente e me preparar com calma. No dia da cena dos mendigos, fui conversar com os atores, conhecê-los. Ator tem que vivenciar. Tem dias que fico triste mesmo após algumas cenas”, conta.

Bárbara Paz faz par com Eduardo Moscovis na novela (Foto: Divulgação)

Na história, ela interpreta três papéis em um: a boazinha, a malvada e a má fingindo ser boa, sob uma orientação de Orlando, com uma voz obscura que a faz seguir por caminhos tortos. Bárbara explica que ela faz aquilo com uma certa inocência:

“Ela acabou se rendendo àquele demônio no ouvido dela. Nelita não sabe quais são as reais intenções de Orlando e acaba escutando o que ele fala. Uma pessoa frágil se rende. A Nelita sabe que Orlando quer algo. Ela é mais esperta, mas gosta do risco”.

O vilão provocará a jovem cada vez mais e vai ousar na hora de usá-la. “Você gosta. Gosta de ser porca! Você é suja. Sua porca”, dirá ele, antes de levá-la para a cama. “É bom demais essas cenas. Transito entre sentimento de sujeira, agonia e prazer com essa personagem. Posso dizer que tenho sido presenteada na TV com boas cenas”, conta Bárbara.