Vladimir Brichta tem um lado voltado ao humor conhecido por personagens como Armane, de ‘Tapas & Beijos’. Agora, no cinema, está na pele de Augusto Mendes (Arlindo Barreto), o famoso palhaço Bozo, em “Bingo: O Rei das Manhãs” (o nome Bozo foi trocado por questões de direitos autorais).
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“Já tinha flertado com a ideia do palhaço, mas tinha muito pudor”, confessou no ‘Conversa com Bial’ desta quarta-feira, dia 23. Esse cuidado para interpretá-lo vem da arte do personagem ser objeto de estudo acadêmico de muitos artistas; já para Brichta, receber a proposta de ser um palhaço no cinema se tornou uma oportunidade de mergulhar nesse universo. Originalmente escrito para ser vivido por Wagner Moura, que pela agenda não pôde aceitar o papel, Vladimir foi recomendado pelo amigo ao diretor. “O papel que me escolheu”, diz Brichta a Bial.
Convidado a se juntar ao lado do ator, o diretor Daniel Rezende detalha o período de produção e filmagens de “Bingo”. O longa tem a participação de Domingos Montagner, conhecido por nutrir devota paixão pelo palhaço e ter sido uma das referências no assunto no país. Na tela, Domingos faz o que, de fato, fez na preparação com Brichta: o aconselhou. “Ele virou uma consultoria, participou do filme desde o começo.”
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Rezende entrou por acaso na indústria do cinema. Trilhou a carreira como editor, e, sem nunca ter exercido a função antes, teve como primeiro trabalho a montagem de “Cidade de Deus” (2002), o qual lhe rendeu uma indicação ao Oscar.
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Já o trabalho em “Bingo” marca sua estreia como diretor. A década de 1980, retratada pela narrativa, é guardada com carinho por Brichta. “Não é porque eram usadas muitas cores ou ombreiras que os sentimentos não eram de verdade”, diz. Aos seis anos, Vladimir já havia escolhido a profissão a seguir, como descreve a Bial. O encantamento pela graça aconteceu, desde o início, ao participar do musical infantil “Os Saltimbancos”. A partir disso, Brichta então se criou entre as coxias de teatro. “Demorou muito tempo para pensar em fazer televisão.”
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