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10 anos após falir e fechar as portas, concorrente da C&A e Riachuelo volta do caixão e aterroriza rivais

05/08/2024 às 4h00

Por: Lennita Lee
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Varejista se levanta após 10 anos de "falência" para o desespero de rivais como a C&A e Riachuelo (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Canva/C&A/Riachuelo/Freepik)

10 anos após não conseguir sobreviver à crise em solo brasileiro, grande marca do fastfashion volta com tudo e aterroriza rivais como a gigantesca C&A e a Riachuelo

Como até já mencionamos em matérias anteriores, algumas varejistas e empresas já foram protagonistas de muitas viradas ao longo de todos esses anos. E quando já não se tinham mais esperanças por parte de muitos consumidores e parceiros de negócios, elas praticamente levantaram do “caixão” e estão brilhando novamente, causando desespero em rivais.

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Como ocorreu em meados de março de 2023 aonde, mesmo diante do caos que se transformou o mercado da moda, atingindo até mesmo as marcas mais conceituadas do mundo têxtil, uma marca que para muitos já estava enterrada, conseguiu ressurgir após 10 anos da sua “falência” no Brasil.

Mas ao mesmo tempo que essa notícia chegou com agitação para muitos consumidores brasileiros, ela veio como uma bomba certeira em milhares de rivais do segmento fast fashion brasileiro como a gigantesca C&A e a famosa Riachuelo.

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Trata-se da espanhola Mango, cuja qual foi fundada ainda na década de 80 em Barcelona, carregando consigo uma identidade de  alfaiataria atemporal e um estilo casual clássico.

Antes de tudo é bom puxar na memória o que fez esse nome tão renomado falir ( de certa forma) em solo brasileiro. Conforme publicado pelo  portal Metrópoles, a Mango passou por fechamentos massivos de lojas físicas em São Paulo e no Rio de Janeiro, há 10 anos, mais precisamente no ano de 2013.

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Apesar da loja não ter tido exatamente a falência decretada pela justiça, ela mesma enterrou a sua história no país após fracassar por não suportar o “terreno brasileiro” para os seus negócios.

É certo que ela até tentou se manter no país pelo e-commerce, mas o público ainda não tinha o costume de fazer compras on-line, pelo menos não como nos tempos atuais.

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De acordo com o portal Exame, o até então vice-presidente de desenvolvimento comercial da Mango Internacional, José Gómez, atribuiu essa decisão à “elevada burocracia brasileira e aos impostos à importação de bens”

Além disso, o diretor acrescentou que “a companhia reestruturou suas operações de venda eletrônica, de modo que os esforços do grupo deveriam se concentrar a partir de agora nesse segmento”

Um “empurrãozinho” especial

A sua retomada ao topo em nosso país se deu por intermédio de uma parceria de peso com uma das empresas de e-commerce mais respeitada por aqui, a Dafiti.

Esse retorno ocorreu em meio aos investimentos da empresa para ampliar a internacionalização e enfrentar uma das suas maiores rivais do ramo, a também espanhola, Zara.

Vale dizer inclusive que, além da C&A e Riachuelo como rivais naturalmente brasileiras, a Zara, que está no mercado desde 1975 e é vista como uma das maiores referências quando o assunto é tendência e sofisticação, também é bem forte por aqui.

Ou seja, mais uma que passou a ser aterrorizada pela Mango … Vale esclarecer que o investimento em si não chegou a ser divulgado, porém Fabio Fadel, diretor comercial da Dafiti, declarou à época que os produtos da Mango chegaram ao portfólio de itens do segmento premium do site, após uma negociação que durou longos nove meses.

O executivo afirmou que a escolha da Mango se deu pela relevância que ela tem mundialmente.

Voando ainda mais alto …

Com o seu retorno, a estratégia da Dafiti ficou ainda mais clara para os consumidores. Isso porque o intuito da empresa ainda é manter a oferta do que há de melhor na moda, democratizando o acesso às grandes marcas nacionais e internacionais.

Até porque, a Dafiti entrega em todo o país e tem preços muito competitivos, fazendo a parceria ser ainda mais imbatível. Vale dizer que a Mango está presente em mais de 115 países e possui cerca de 2,6 mil lojas em todo o mundo.

Além disso, ela também conta com designers próprios, ofertando modelos diferenciados no mercado, com qualidade e a um preço acessível.

Fato esse que aumenta ainda mais o seu destaque, principalmente pela alta qualidade de seus produtos, bem como pela durabilidade de suas peças.

Entre todas as categorias disponibilizadas, se encontra uma grande variedade de malhas, suéteres e cardigans, que nada mais é do que aqueles casacos longos feitos de tricot, ótimos para sobreposições.

Além disso, os consumidores também podem contar com opções de jeans, incluindo peças de diferentes modalidades, estilo e lavagens.

De acordo com o Diário do Comércio, a escolha da Mango pela Dafiti não poderia ser melhor, um vez que ela sempre conseguiu fazer o Brasil enxergar com bons olhos as marcas internacionais que estão chegando por aqui cada vez mais …

Segundo declarações do executivo da Dafiti, Flávio Dias, a credibilidade da Dafiti acaba viabilizando as marcas em enxergarem o espaço como a possibilidade de atuar em território nacional sem grandes riscos operacionais.

Isso graças a um  bom relacionamento que a Dafiti já estabelece com inúmeras marcas globais, promovendo coleções e acima de tudo, respeitando o: conceito (lifestyle) de cada marca, além de possuir um bom nível de serviço para todo o país”,

Público alvo

Ainda de acordo com Fábio Fadel, mencionado mais acima, a Mango lançou a “marca premium de entrada”, voltada a mulheres maduras das classes A e B, dispostas a pagar em torno de R$ 300, em média, por peça , e preços que variam de R$ 150 a R$ 500.

O que  foi visto como um grande desafio para a Dafiti, a julgar pelos dados do relatório Webshoppers 47 elaborado pela NielsenIQ Ebit e obtidos com exclusividade pela Folha, em março de 2023.

Segundo um levantamento, feito ainda em 2022, o tíquete médio gasto na categoria moda e acessórios no Brasil foi de R$ 192, alta de 9% sobre os R$ 176 de 2021 (valores nominais).

Perfil da Mango por meio da Dafiti (Foto Reprodução/Dafiti)

Mango e Dafiti X Shein

Vale destacar que a categoria têxtil representou 4% do faturamento bruto do comércio eletrônico no ano de 2022, o equivalente a R$ 10,5 bilhões. Mas esses dados não consideram os varejistas online estrangeiros (crossborders), como a SHEIN, que se tornou um fenômeno de vendas e só cresce no Brasil.

Porém, segundo informações divulgadas pelo portal Folha de S. Paulo, a expectativa é que a Mango, a longo prazo, consiga quebrar até mesmo os imbatíveis produtos vindos da china,

Entre 2022 a 2023, a varejista asiática gerou filas nas duas lojas pop-up que abriu em São Paulo e no Rio. Para 2024 ela promete continuar com os novos pontos de venda temporários.

Mas como mencionamos, essa concorrência com a popular Shein, cuja qual oferece um fast fashion a preços incompatíveis para as varejistas nacionais, não está incomodando nenhum pouco a Mango, na opinião de Fadel:

“A cliente da Shein busca uma roupa com alguma informação de moda, que acaba sendo substituída com facilidade, já a cliente da Mango não quer nada tão perecível e sazonal e paga por itens de maior qualidade.” – Afirmou ele

Não se pode ignorar que a Shein continua à frente, até mesmo da Dafiti, comparada a outras varejistas, em 2024, conforme exposto por um ranking publicado ainda em abril de 2024, nas redes sociais do portal @umode.App, uma empresa especializada em marketing no mercado da moda.

Em 2023, o faturamento da Shein no Brasil atingiu a marca de R$ 10 bilhões, registrando um crescimento de 42,8% em comparação a 2022.

Isso sem mencionar o fato de que a mesma democratizou a moda no sentido de produzir roupas de diversos estilos (do alt fashion ao casual) e tamanhos.

Podemos até brincar que se a chinesa fosse uma “planta”, seria chamada de “Comigo ninguém pode” do setor da moda e do varejo.

Embora algumas varejistas ainda liderem com R$ 11,7 bilhões, a expectativa é alta para o IPO da Shein nos EUA, com um valuation* estimado em US$ 90 bilhões na mesa.

(*Valuation é um termo de origem inglesa que significa avaliação de empresas.

Shein lidera com vantagem assustadora no setor da moda no Brasil (Foto Reprodução/Instagram)
Shein lidera com vantagem assustadora no setor da moda no Brasil (Foto Reprodução/Instagram)

O que nos resta é saber se essa liderança irá permanecer mesmo após a atual medida do Governo em taxar compras internacionais no país*

(Para saber mais sobre a “taxa das blusinhas”, clique aqui*)

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Da onde se originou a Mango?

Um fato bem interessante sobre a Mango é que, de acordo com o portal ” Mundo das Marcas”, Isak Andic Ermay, o pai da marca, durante sua viagem para Filipinas, comeu pela primeira vez uma manga.

Ao sentir o sabor da fruta, imediatamente decidiu usar o nome desta fruta tropical em sua nova marca de roupa.

A ideia original da nova loja baseava-se na criação de coleções de moda feminina que explorassem uma estética urbana, o que foi um verdadeiro sucesso até então …

Isak Andic Ermay, fundador da Mango (Foto Reprodução/Mundo das Marcas)
Isak Andic Ermay, fundador da Mango (Foto Reprodução/Mundo das Marcas)

C&A
Fastfashion
Mango

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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