136M pelos ares: Rival da LATAM acaba de jogar a toalha e implora pela falência em país após anos

Rival da LATAM e uma das companhias aéreas mais populares, acaba de jogar a toalha e pedir pela sua falência após anos de mercado

Quando uma companhia aérea declara falência, as repercussões vão muito além da empresa em questão.

Afinal de contas, elas afetam toda uma cadeia econômica, incluindo setores como:

• Turismo;
• Infraestrutura aeroportuária;
• Empregos;
• Fornecedores.

Além desses impactos, a confiança dos investidores e consumidores no mercado pode ser abalada, influenciando o custo do crédito e o comportamento, até mesmo dos seus clientes mais fiéis.

Falando nisso, a Spirit Airlines, companhia aérea, rival da LATAM, acaba de jogar a toalha após uma série de tentativas de reestruturar e implora pela sua falência, após anos de mercado.

Sendo assim e a partir de informações divulgadas pelo R7, a equipe especializada em economia do TV Foco, separou mais detalhes da crise e desse pedido de falência que abalou o setor.

Pedido inevitável

Pois é, nesta última segunda-feira (18), a Spirit Airlines, conhecida por seus preços baixos e modelo de operações enxuto, entrou com pedido de proteção contra falência nos EUA.

A decisão decorre de prejuízos crescentes, dívidas insustentáveis, forte concorrência e falhas em negociações de fusão.

Porém, mesmo diante do pedido, a Spirit informou que “continuará operando normalmente enquanto reestrutura sua dívida“, garantindo aos clientes que bilhetes, pontos de fidelidade e créditos permanecerão válidos.

“Os hóspedes podem continuar a reservar e voar sem interrupção” – Afirmou ela em comunicado oficial.

A declaração da Spirit sinalizou que, como parte da negociação com seus credores, haverá um aporte adicional de US$ 300 milhões para manter as operações.

Além disso, espera-se que a companhia aérea emerja no próximo ano com uma dívida reduzida e maior flexibilidade financeira.

Recurso em comum:

Historicamente, a falência tem sido um recurso comum entre as principais companhias aéreas dos Estados Unidos.

A American Airlines, United e Delta já passaram pelo mesmo processo nas últimas décadas e conseguiram se reestruturar.

Contudo, o futuro da Spirit permanece incerto, uma vez que há possibilidades de venda de ativos ou até de liquidação.

Casos semelhantes no setor mostram que aquisições, como as feitas pela American Airlines, não são improváveis.

Impactos:

A Spirit emprega cerca de 13.000 funcionários diretamente e depende de 8.000 trabalhadores terceirizados, um contingente que pode enfrentar incertezas trabalhistas dependendo dos desdobramentos.

Outro ponto crítico é o papel do Departamento do Tesouro dos EUA, o segundo maior credor da Spirit, com um saldo de US$ 136 milhões em empréstimos emitidos durante a pandemia de Covid-19 e sem nenhuma garantia.

Ou seja, praticamente dinheiro ido pelos ares, uma vez que dificilmente a mesma irá conseguir recuperar.

Na época, o governo federal injetou US$21 bilhões para sustentar o setor aéreo, com parte desses recursos sendo distribuídos em forma de empréstimos.

Dificuldades e tentativas de fusão:

Para piorar um pouco mais, nos últimos anos, a Spirit buscou fusões com as concorrentes Frontier Airlines e JetBlue, mas ambas as negociações fracassaram, agravando sua crise financeira.

Analistas sugerem que a falência pode tornar a Spirit mais atraente para possíveis compradores ou investidores, devido à redução esperada de sua dívida e reorganização de operações.

Embora a Spirit afirme que seus clientes não serão diretamente impactados no curto prazo, especialistas alertam que a reestruturação pode resultar em:

• Mudanças de rotas;
• Possíveis cortes de serviços;
• Até mesmo aumento de tarifas no longo prazo.

Conforme observado por economistas, a crise da Spirit destaca os desafios enfrentados por companhias de baixo custo em um ambiente econômico altamente competitivo e volátil.

Mas, se bem conduzida, a reestruturação pode garantir a sobrevivência da empresa, mas os riscos de aquisição ou colapso total não podem ser ignorados.

Portanto, acompanhar os desdobramentos do caso será crucial para entender como o setor aéreo americano, historicamente resiliente, poderá se adaptar às mudanças de mercado e às novas demandas dos consumidores.

Quanto tempo a Spirit Airlines tem de mercado e qual sua importância?

A Spirit Airlines é uma companhia aérea que existe desde a década de 80. A norte-americana de baixo custo opera voos regulares em todas as Américas.

Tem sua sede em Miramar, na Flórida, possui hubs em Fort Lauderdale, também na Flórida, e Detroit. Mais da metade dos voos da companhia são para destinos nas Bahamas, Caribe e América Latina.

O que acontece com os passageiros quando uma companhia aérea tem a falência decretada?

De acordo com a Resolvoo, quando uma companhia aérea entra em falência, a situação dos passageiros pode ser complicada, pois a empresa pode ter menos ativos disponíveis para pagar os credores. 

Porém, a recuperação do valor pago pelos passageiros pode ser um caminho bem árduo. Isso porque o processo de falência de uma companhia aérea pode ser longo e não tem data para terminar. 

Mas, em caso de cancelamento de voo, o passageiro tem direito a:

• Assistência, como refeições, lanches, comunicação e hospedagem;
• Reembolso integral da passagem;
• Voo alternativo, caso ele tenha sido reagendado;

Mas, se quiser saber mais sobre as falências envolvendo grandes companhias aéreas, clique aqui*

Considerações finais:

A Spirit Airlines, conhecida por seus voos baratos, pediu falência após anos de prejuízos e tentativas frustradas de fusão.

Essa decisão impacta milhares de funcionários, o setor de turismo e a confiança dos consumidores.

A empresa busca reestruturar suas dívidas e continuar operando, mas o futuro é incerto, com a possibilidade de venda de ativos ou até mesmo de liquidação.

A iminente falência da Spirit destaca os desafios enfrentados por companhias aéreas de baixo custo em um mercado altamente competitivo.