Quebra de banco aterroriza muitos outros em país e situação deixa investidores e clientes em pânico com o que aconteceu
Como já mencionamos em algumas matérias anteriores, a onda de falências, quebras e crises anda se espalhando muito rápido e nem mesmo as instituições financeiras estão sendo poupadas desse “terror”.
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Inclusive, algumas quebras de bancos acabam tendo consequências muito mais desastrosas. Ainda em meados de março de 2023, um estudo realizado pelas faculdades de Columbia, Stanford, Kellog School e Chicago Booth, apontou que cerca de 190 bancos norte americanos ficaram sob a ameaça de falência, após a quebra de um grande banco americano, o Silicon Valley Bank, como podem ver por esse link*
Vale dizer que essa quebra deixou o setor bancário completamente em pânico causando temor em clientes e investidores. Na época ainda foi destacado um resultado do aumento das taxas de juros praticada pelo Federal Reserve (Banco Central Norte-Americano) o valor de mercado dos ativos de um banco médio no país se tornou cerca de 9% menor do que seu valor no papel.
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O sistema bancário dos EUA acumulou US$ 2,2 trilhões em perdas não realizadas somente no ano passado.
Zona de risco
Segundo o E-investidor, portal do Estadão, nesse mesmo estudo foram analisados mais de 4.800 bancos norte-americanos para avaliar sua exposição aos riscos que causaram a falência do SVB . O estudo publicado na Social Science Research Network chegou concluiu de maneira similar a este das universidades dos EUA.
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Um exemplo de clara preocupação do risco que os bancos norte-americanos correm, como outras instituições financeiras do mundo, ocorreu durante um discurso feito poucos dias antes da quebra do SVB pelo presidente da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), órgão equivalente ao Fundo Garantidor de Créditos brasileiro, Martin Gruenberg. Na ocasião, ele disse que o valor de mercado dos ativos de longo prazo dos bancos dos EUA recuou em US$ 620 bilhões em 2022.
Fora isso, foi constatado que as perdas não realizadas dos bancos não são refletidas nos balanços, mas podem ser calculadas marcando os investimentos pelo seu valor atual de mercado.
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No caso do SVB, entre o início de março de 2022 e o início de março de 2023, o valor de mercado dos ativos caiu quase 16%, ou US$ 34 bilhões.
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Consequências da queda do SVB
Por fim, o estudo deflacionou os investimentos de longo prazo mantidos nas carteiras dos bancos e chegou ao resultado de que os ativos de um banco médio dos EUA perderam cerca de 10% de seu valor ainda no ano de 2022.
Além disso, cerca de 11% dos bancos norte-americanos tinham perdas não realizadas piores do que o SVB.
Pensando em um pior cenário, caso os clientes bancários, não segurados sacassem todo o seu dinheiro dos bancos do país, mais de 1.600 instituições financeiras ficariam sem fundos suficientes para cobrir seus depósitos segurados.
Em um cenário mais condizente com a realidade, caso metade dos clientes decidissem sacar seu dinheiro, isso forçaria o FDIC a gastar 10 bilhões de dólares só para proteger depósitos em quase 190 bancos, que estariam suscetíveis à mesma situação do SVB.
Apesar do pânico
Porém, apesar de todos esses dados alarmantes após a quebra do SVB, o Federal Reserve, através de um anúncio, confirmou que todas as demais instituições financeiras, se saíram bem em um recente teste de estresse no sistema bancário, feito ainda no ano de 2023.
Esse teste simulou condições “severamente adversas” na economia dos EUA e concluiu que os 23 principais bancos americanos, em uma hipotética recessão, permaneceram acima dos requisitos mínimos de capital.
É bom destacar que o Federal Reserve sempre monitora de perto a situação e busca garantir a estabilidade do sistema bancário.
As perdas não realizadas representam um risco potencial, mas as estratégias adotadas pelos bancos e a capacidade de se adequar a condições adversas são fatores que contribuem para a resiliência do setor.
Qual a situação atual do sistema bancário dos Estados Unidos?
Vale destacar que, de acordo com o Federal Reserve, os maiores bancos dos Estados Unidos estão preparados para sobreviver a uma recessão e continuar a emprestar dinheiro a famílias e empresas ainda neste ano de 2024.
Vale destacar que o dólar comercial encerrou nesta última quarta-feira (18) a R$ 5,463, com queda de R$ 0,026 (-0,47%).
Segundo a Agência Brasil, a cotação operou em leve baixa na maior parte do dia, mas despencou a partir das 15h, quando o Federal Reserve surpreendeu o mercado ao cortar os juros básicos dos Estados Unidos em 0,5 ponto percentual.
A moeda norte-americana está no menor valor desde 19 de agosto, quando tinha fechado em R$ 5,41. A divisa acumula queda de 3,4% desde o último dia 10, mas acumula alta de 12,57% em 2024.
Conclusões finais:
Em suma, a falência do Silicon Valley Bank (SVB) nos Estados Unidos trouxe muitas lições para o mercado financeiro como:
- Aumentos de juros abruptos podem fazer até mesmo grandes bancos quebrarem;
- A intervenção do governo pode acalmar os ânimos do mercado;
- É de extrema importância diversificar os investimentos.