2 varejistas que rivalizam com a gigante Casas Bahia atravessam mudanças que englobam encerramentos de serviços e até mesmo fechamento de algumas unidades
De 2022 para cá, uma série de acontecimentos envolvendo grandes varejistas como fechamento de lojas, encerramento de serviços e até mesmo desfechos mais trágicos como falências chocaram o mercado como um todo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Pensando nisso, separamos duas situações envolvendo 2 rivais da gigante Casas Bahia, até por fazerem parte do mesmo segmento, que de uma forma ou de outra colocaram fim em um dos seus serviços mais vitais, surpreendendo clientes e levantando também algumas preocupações quanto aos próximos passos adiante:
- O primeiro caso envolve o fim da venda de smartphones pelas Pernambucanas, marcando assim o fim de uma era, afinal de contas quem conhece a marca sabe que era um dos carros chefes da varejista
- Já o segundo envolve a icônica Polishop, que desde 2022 vem enfrentando diversas crises financeiras, promovendo encerramento de atividades em unidades e ainda enfrenta o terror de uma possível quebra mesmo após ter injetado um valor milionário.
Cadê meu celular? Não está mais na Pernambucanas …
Pois é, quem diria! Mas ainda no final de junho deste ano, milhares de consumidores da Pernambucanas, tradicional varejista brasileira, se surpreenderam com a notícia de que a mesma não venderia mais aparelhos celulares.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
De acordo com o portal Canal Tech, essa decisão foi anunciada em um cenário de crescimento do “mercado cinza” de smartphones, com modelos que acabam desembarcando no país de forma irregular.
Segundo uma nota enviada pela empresa ao portal NeoFeed, a retirada dos smartphones da loja ocorrerá de forma gradual. A assessoria ainda apontou que o movimento faz parte de uma: “estratégia contínua e ampla de negócios, com investimentos em produtos que dão maior margem [de lucro]”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ao mesmo tempo, a Pernambucanas também deve fechar algumas de suas lojas, e adequar seu quadro de funcionários. Estima-se que aproximadamente 400 quiosques ou pontos de venda sejam modificados com a saída dos celulares.
Atualmente, a rede Pernambucanas já não usa mais as suas plataformas online para vender celulares e a comercialização exclusiva em ambientes físicos é considerada uma estratégia “condenada” por analistas, já que grande parte dos consumidores finalizam a aquisição pela internet.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● Risco de cegueira e câncer: Progressiva nº1 das mulheres é proibida pela ANVISA e retirada da Shopee e +
● Falência,1 bi pelos ares e engolida pelas Casas Bahia: Extinção de 3 varejistas deixa país devastado
● Falência: Jornal da Globo confirma fim decadente de time gigantesco da série A após anos
Mesmo porque, através dessas plataformas online os valores são bem mais baixos, além obviamente de constar bem mais detalhes desses modelos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Estima-se que celulares irregulares vendidos na web tenham preços 38% mais baixos, em média.
Além disso, a concorrência também se acirrou com outras plataformas, como vendas em aplicativos de mensagem como WhatsApp e Telegram. As próprias marcas têm reforçado as vendas em seus sites, algumas vezes com brindes extras acompanhando os celulares.
Polishop e os fechamentos de lojas em massa …
Por fim temos a situação crítica em que a icônica Polishop, cuja qual foi fundada ainda em 1999, por João Appolinário, atravessa.
Como mencionamos nos tópicos acima e de acordo com o Valor Econômico, essa situação ruim já se arrasta desde 2022, tanto é que os sócios precisaram injetar recursos para equilibrar a estrutura de capital e de um ano e meio para cá, dezenas de lojas deficitárias já tiveram suas portas fechadas.
Só para ter uma noção, de acordo com o portal Metrópoles, naquele mesmo ano de 2022 o João Apolinário vendeu um jatinho ao cantor Gusttavo Lima, pelo valor de R$250 milhões de reais, a fim de ajudar a enxugar as despesas da empresa que só aumentavam.
Porém, ao que tudo indica esse valor acabou sendo “jogado no lixo”, uma vez que acabou não gerando o alívio esperado.
De acordo com o portal ‘R7’, como uma tentativa de reestruturação, a empresa decidiu reduzir o número de lojas físicas abertas, caindo de 280 para apenas 122, resultando em uma redução de 158 unidades.
Vale destacar que ainda no ano de 2023, shoppings de empresas como Multiplan, Iguatemi, Ancar, Saphyr e Aliansce Sonae BR Malls iniciaram ações de despejo e execuções de títulos judiciais contra a rede por conta de atrasos no pagamento de aluguéis.
Agora, de acordo com o portal O Antagonista, Appolinário enfrenta o desafio de lidar com a penhora de alguns de seus valiosos bens pessoais, como suas 2 lanchas e uma motocicleta Harley-Davidson.
Medidas essas que foram tomadas para saldar uma dívida relacionada ao aluguel de um espaço no shopping Tietê Plaza, em São Paulo, cobrada pela Marfim Empreendimentos Imobiliários.
A cobrança, que chega a R$ 351,7 mil, veio à tona com exclusividade pela equipe do colunista Rogério Gentile, do UOL, como podem ver no vídeo abaixo:
Ainda em crise financeira em maio de 2024, a Polishop, com o nome Polimport, entrou com pedido de recuperação judicial para tentar conseguir escapar da falência.
De acordo com o portal Exame, a sua dívida atual está na casa dos 300 milhões, mais precisamente a quantia de 352,1 milhões de reais.
Agora cabe à Justiça analisar o pedido de reestruturação. Caso a resposta seja positiva, a empresa entrará oficialmente em recuperação judicial e terá as suas dívidas congeladas por 180 dias, enquanto prepara um plano de reestruturação.
Ainda de acordo com o portal, ao ser procurada pela empresa a mesma afirmou que: “só irá se pronunciar após o aceite da Justiça”*
(Para saber mais detalhes de toda essa situação, clique aqui*)
Atualmente, a Polishop possui apenas 49 lojas físicas abertas em shoppings centers e conta com quase 500 colaboradores, além da atuação no e-commerce e canal de televendas
Quais foram os motivos apresentados pela Polishop para justificar o pedido de recuperação judicial?
Em seu pedido de reestruturação, a empresa alegou que mesmo com um nome sólido no mercado, desde que foi fundada, com as dificuldades e a mudança no cenário econômico as dificuldades acabaram sendo inevitáveis.
O primeiro desses motivo apresentado por ela foi um enfraquecemento do varejo físico entre 2015 e 2019, com o fortalecimento de lojas onlines e marketplaces.
A empresa também alegou que a covid-19 e as restrições sanitárias impactaram no negócio da companhia. Fora isso, o cenário provocado pela pandemia desencadeou uma queda de 70% do faturamento da Polimport, além dos aumentos dos custos fixos.
Com isso, a empresa passou a se deparar com dificuldades de manutenção de fluxo de caixa, sendo necessário sucessivas medidas internas para preservar as vendas e cobrir os custos fixos.
Como mencionamos logo no inicio deste texto, nos últimos dois anos, a empresa de 25 anos fechou cerca de 70% de suas lojas, todas em shoppings centers. O encerramento das operações acarretou no aumento de despesas não recorrentes e a companhia terminou 2023 no vermelho:
“Os contratos com shoppings centers aumentaram muito nos últimos anos e o varejo atravessa um momento difícil” – afirmou o fundador João Apolinário.
Importância da Polishop e Pernambucanas:
- Polishop: Desde o seu nascimento em 1999, a empresa se empenha em facilitar a vida das pessoas por meio de soluções inovadoras e de qualidade. Através de uma grande rede de canais de comunicação, distribuição e vendas, a Polishop consegue alcançar hoje mais de 180 milhões de brasileiros.
Sendo assim, a perda da varejista impactaria e muito a vida de milhares de consumidores que apreciam a marca.
- Pernambucanas: Fundada em meados de 1910, a Pernambucanas é uma das mais antigas e consolidadas varejista em solo brasileiro. A marca está presente em mais de 300 cidades, em quinze estados e no Distrito Federal, com mais de 400 lojas e cerca de 13 mil colaboradores.