2 GRANDES montadoras, rivais da Fiat e Volks, tiveram sua despedida do país após anos
O mercado automobilístico nos últimos tempos tem sido algo muito comentado nos últimos anos, ainda mais em 2023. Inclusive, quem acompanha nossas matérias sabe que o que mais rolou nesses últimos tempos foram surgimentos e despedidas de montadoras.
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Falando nisso, muitas dessas montadoras de renome, que marcaram gerações, optaram em parar produções em solo brasileiro e outras até mesmo se despediram do país.
Sendo assim, separamos duas grandes montadoras, rivais da Fiat e Volks, que se enquadram nessas condições.
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Ford
A Ford, uma das montadoras mais queridas por milhares de brasileiros, encerrou as produções no país para fugir das burocracias e dificuldades em meio a um cenário adverso, que não apenas ela, mas outras montadoras enfrentavam na época.
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Essa decisão foi influenciada, pura e simplesmente, por uma série de situações que ocorreram durante a busca da empresa pela lucratividade no Brasil,,
Com isso, após mais de um século de presença no mercado brasileiro, a Ford optou em deixar de ser fabricante e se tornando apenas uma exportadora no país, focando no público classe A e trazendo carros de maior valor agregado
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Comunicado
A informação da sua despedida no país foi comunicada pela própria montadora, que fez questão de emitir um comunicado na época:
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“A Ford está comprometida com a América do Sul por meio da construção de um negócio rentável e sustentável, fortalecendo a oferta de produtos, criando experiências positivas para nossos consumidores e atuando com um modelo de negócios mais ágil, compacto e eficiente”
Conforme o Auto Esporte, a Ford ainda destacou que a medida foi tomada após vários meses de busca por alternativas, que incluíam parcerias e até a venda da operação.
1- Altas taxas
Segundo o Portal Uol Carros, a razão mais impactante e a mais implacável, foi a alta e complexa carga tributária do país e os os custos de logística.
Diante disso, a opção mais rentável e viável, foi direcionar todos os seus investimentos na produção de veículos em outros países como a China, que é uma grande potência comercial da atualidade, aonde a mesma importa o SUV Territory.
Embora a companhia não tenha mencionado, na época, essa informação no anúncio enviado à imprensa, a Anfavea (Associação das Montadoras Instaladas no Brasil), afirmou que a informação foi informada no momento do encerramento da produção local.
2- Insumos caros
Outro fator que potencializou a situação foi o câmbio desfavorável, visto que os insumos estratégicos comprados em território nacional, como o aço, são cotados em dólar.
Além disso, os percentuais de componentes importados em automóveis produzidos localmente estavam extremamente elevados, em torno de 40%, aumentando o custo de produção e reduzindo o lucro de acordo com a flutuação da moeda norte-americana.
Mas essa situação da Ford não se tratava de um caso isolado, visto que outras montadoras, até hoje, tem feito de um tudo para driblar algumas crises que andavam as prejudicando*
Para saber mais sobre o assunto clique aqui*
3- Novos rumos
Com o anuncio do fechamento das suas fábricas no Brasil, a Ford enfatizou que seus futuros veículos iriam focar em conectividade e e eletrificação, um caminho inevitável para todas as grandes montadoras.
Fora isso investir na produção brasileira de automóveis com maior conteúdo tecnológico também seria inviável, visto que os custos para tal, naquela época, era algo excessivamente custoso, da mesma forma que SUVs e picapes.
Na nota divulgada ainda em janeiro de 2021, a montadora fez questão de frisar que passariam a oferecer produtos com “maior valor agregado”, em detrimento dos compactos que vinha produzindo aqui.
Sendo assim, caminho natural foi optar pela importação do que , desenvolvidos e fabricados em outros mercados.
Nem precisa dizer que a pandemia da Covid-19 também teve sua parcela de culpa, visto que afetou toda a economia mundial e veio com muita força sob o sono nacional.
De acordo com o G1, a Ford, apesar de não produzir mais no país, continua na Anfevea, Isso porque mesmo após o fechamento das fábricas, a montadora mantém o Centro de Desenvolvimento de Produto de Camaçari como base nacional.
6- Nova fase
Todos os carros da Ford continuam passando pela aprovação do time brasileiro de engenharia para regionalização. Um exemplo disso é a Ford Transit, lançada no ano de 2021, após a saída da Ford no país.
Inclusive, um dos carros mais amados da Ford, o Novo Ford Territory 2024 chegou oficialmente no mercado nacional no dia 28 de setembro de 2023, com o valor a partir de R$219.390*
*Para saber mais detalhes sobre essa informação, clique aqui*
Nos tempos atuais, uma nova empresa de tecnologia voltado a produções de carros elétricos tomou o lugar da Ford e já está causando alvoroço entre muitos consumidores de veículos
Estamos falando da chinesa BYD, que de acordo com o portal Quatro Rodas, após uma longa espera, adquiriu finalmente a antiga fábrica da antiga Ford em Camaçari na Bahia, e já tem planos ambiciosos para o mercado automobilístico brasileiro*
Serão três fábricas: uma de automóveis, outra de ônibus e caminhões e a terceira de beneficiamento de lítio*
*Se trata de uma filtragem automatizada. Sensores e lasers identificam os metais e os separam, emitindo pouco carbono e gerando menos resíduos. Essa técnica resulta em insumo de lítio pré-químico purificado, cujo valor agregado é muito maior do que o lítio bruto por ter um alto grau de pureza.
De acordo com a CNN, a assessoria do governo baiano informou que a expectativa é de que o complexo industrial da BYD inicie a produção de veículos no país a partir do segundo semestre de 2024.
*Para saber mais sobre a empresa clique aqui*
Mercedes-Benz
Em 2020, mais precisamente em dezembro daquele ano, a Mercedes-Benz, uma das mais cobiçadas montadoras, anunciou o encerramento da produção de automóveis de luxo em sua fábrica de Iracemápolis (SP).
De acordo com o G1, a montadora afirmou que a decisão foi tomada pela crise econômica enfrentada pelo Brasil, agravada pela pandemia da Covid-19, mas que não impactaria nas vendas dos produtos no país.
Segundo comunicado, a empresa buscava alternativas para os 370 colaboradores da unidade, incluindo a possibilidade de um Programa de Demissão Voluntária e “outras possibilidades que serão avaliadas em um futuro próximo”.
A fábrica era, responsável pela produção do sedã Classe C e do SUV GLA. O volume produzido será transferido para outras unidades da marca pelo mundo.
Em comunicado, Jörg Burzer, membro do conselho da Mercedes-Benz AG, Produção e Cadeia de Suprimentos informou sobre a crise e em como a empresa pretendia lidar com a situação:
“A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou devido à pandemia da Covid-19, causando uma queda significativa nas vendas de automóveis premium.
Ao longo do nosso processo de transformação, continuamos a reestruturar a nossa rede de produção global”
“Nosso primeiro objetivo agora é encontrar uma solução sustentável para os colaboradores dessa unidade, que contribuíram de forma decisiva para o sucesso da Mercedes-Benz no Brasil com seu comprometimento e expertise nos últimos anos”
Vale mencionar que em junho de 2023, a Mercedez-Benz também anunciou o encerramento de suas fábricas de ônibus e caminhões em Campinas, interior de São Paulo, o que acabou gerando uma série de revoltas*