Varejistas GIGANTES confirmam fechamento em massas de suas principais lojas e situação é essa
Dois grandes varejistas, renomadas como grandes redes de supermercado no país, acabam de anunciar medidas drásticas que envolvem fechamento de todas as lojas e mais uma série de encerramentos de atividades em regiões brasileiras.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O primeiro se trata do Carrefour, considerado um dos maiores do setor, enquanto o segundo é o Dia (que curiosamente, até meados de 2011 fazia parte do grupo francês)
Sendo assim, iremos expor AGORA todos os detalhes sobre esse “facão à solta” que atingiu ambas as varejistas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
1- 343 lojas fechadas (Dia)
Vamos começar a lista com o Dia, mercado popular no Brasil cuja sede se localiza na Espanha.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
De acordo com o portal InfoMoney, no dia 12 de março foi anunciada pela varejista a decisão de solicitar uma recuperação judicial no Brasil, citando resultados consistentemente desfavoráveis como justificativa.
Tal anúncio foi feito uma semana após a rede anunciar o fechamento de 343 supermercados e 3 centros de distribuição no Brasil.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo o portal CNN, a dívida descrita no pedido de recuperação judicial soma R$ 1,1 bilhão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A varejista afirmou que a crise é resultado de uma série de problemas que se acumulam desde 2021: inflação de alimentos, forte concorrência do “atacarejo” e a guerra de preços para atrair clientes.
Uma questão de escolha:
Conforme exposto pelo portal Exame, O Dia irá manter apenas as lojas em São Paulo, encerrando assim sua presença no país após aproximadamente 23 anos.
Sofrendo com sucessivos prejuízos desde que chegou ao país em 2001, o Dia agora conta com um amplo plano de reestruturação cujo qual deve manter apenas 244 lojas em São Paulo, onde está concentrada sua maior operação.
Dívidas:
Ao longo dos anos, o negócio acumulou uma significativa “queima de caixa”. No ano de 2023, o prejuízo foi de 154 milhões de euros, com um fluxo de caixa livre negativo em 37 milhões de euros.
Inclusive, em meio a boatos de uma possível venda da operação brasileira, o Dia anunciou a chegada de Sébastien Durchon como CFO no país, que aliás chegou a ser CFO do Carrefour Brasil.
Comunicado:
Por meio de uma nota, publicada ainda na semana passada, o grupo afirmou que “fará a posterior análise de diferentes alternativas estratégicas para o Dia Brasil”.
As 244 lojas mantidas se concentram especialmente na capital, em algumas cidades da grande São Paulo e em Santos, sendo que cerca de metade delas é de franquias.
Para manter as lojas, o centro de distribuição de Osasco vai continuar operando.
Também continuarão funcionando o programa de fidelidade Clube Dia e a venda de produtos de marca própria, uma característica muito forte da rede espanhola:
“O grupo vai ajustar seu escopo no país para concentrar seus negócios na região de São Paulo, onde tem uma maior rentabilidade e a concentração de lojas permite capilarizar a rede logística e redução de custos”
Esse plano, aprovado pelo conselho em administração, visa destinar recursos para Espanha e Argentina, mercados mais rentáveis e com maior potencial de crescimento para o grupo e nos quais a companhia tem uma posição relevante com sua estratégia de mercados de proximidade.
2- Fim de um era (Carrefour)
O Carrefour, por sua vez, ainda entre o fim de dezembro e inicio de janeiro, anunciou a respeito do fechamento de lojas em região brasileira e comunicado oficial expôs a real situação.
Antes de mais nada é bom frisar que NÃO SE TRATA de um adeus definitivo do grupo Carrefour e sim de apenas algumas mudanças necessárias levando em consideração uma série de fatores.
De acordo com o portal Valor, essa ação entra em conformidade com a necessidade do grupo melhorar os seus resultados no país.
Sendo assim o fechamento em massa dessas unidades (cujas quais são deficitárias pelo olhar do varejista) em alguns estados são apenas ações necessárias em meio à essas mesmas mudanças.
Segundo o portal SA+, a informação é que algumas lojas seriam convertidas, enquanto outras fechadas de forma definitiva.
Os estados mais afetados pelas mudanças foram a Bahia e Ceará.
Como o foco é acelerar as conversões de pontos de hipermercados em outras bandeiras da empresa, o Carrefour decidiu optar em se despedir, não da operação total como foi propagado e sim dos formatos de hipermercados, principalmente no estado da Bahia.
Conforme apurado com exclusividade pelo Valor, o mesmo estava previsto para ocorrer no Ceará, meses após ter investido capital e convertido lojas da rede Big* (adquiridas pela empresa) em Carrefour.
Já no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, não haviam planos para a empresa se desfazer do negócio de hipermercados, mas planejou fechamentos nos estados, cujo prazo foi estipulado pela empresa foi até dia 31 de janeiro.
No estado da Bahia o grupo tem 6 unidades, sendo três em Salvador e três no interior, e entre as seis, cinco tiveram seu processo de fechamento e uma delas foi convertida por uma de suas maiores bandeiras, o Atacadão.
Somente a loja localizada na avenida Bezerra de Menezes será fechada. Essa unidade havia sido convertida para bandeira da marca francesa em 2022, após a compra do Grupo Big.
O grupo informou em nota que há novas projeções para o período entre 2024 e 2026, incluindo a expectativa de converter cerca de 40 hipermercados em dois gigantes que são o Atacadão e o Sam’s Club.
O que o Carrefour disse sobre os fechamentos das suas lojas ?
Embora essa situação se trate apenas de uma reestruturação estratégica, algumas informações foram distorcidas por alguns veículos a ponto de afirmarem que o Carrefour sairia de vez do Ceará e Bahia, o que explicamos não ser exatamente assim.
Inclusive, o Carrefour fez questão de emitir um comunicado oficial aonde ele explicou exatamente a verdade do que está acontecendo.
Veja abaixo o comunicado:
“O Grupo Carrefour Brasil está em processo de revisão de portfólio como forma de otimizar a rede de lojas de seu ecossistema e adaptar os formatos para que melhor atendam os clientes de cada região e que estejam mais alinhados com a estratégia de negócios da companhia.
Neste sentido, algumas lojas serão convertidas para outros formatos e estão previstos alguns fechamentos pontuais”.
“O Nordeste permanece como uma região de extrema importância para os nossos negócios e continuará contando com a presença do Grupo com bandeiras de varejo, atacarejo e clube de compras”.