Fechamento de 224 lojas, falência e demissão em massa: O triste fim de rede gigante de supermercados no Brasil

Uma rede de supermercados gigantesca não resistiu a crise e acabou fechando as portas no Brasil. A empresa fechou cerca de 224 lojas, cravou a demissão de todos os funcionários e teve sua falência decretada

Não precisa ser um especialista para chegar a conclusão que o setor varejista é um dos que mais movimentam a economia do Brasil. Entretanto, nem mesmo eles estão livres de passar por crises. Nesse sentido, podemos citar o fim de uma rede de supermercados gigante que fechou todas as suas 224 lojas, demitiu todos os seus funcionários e teve sua falência decretada.

Fundada na década de 50, a gigantesca rede de supermercados, Casas da Banha, que viveu sua época de ouro no Brasil, acabou ficando com um rombo de dívidas e tendo sua falência decretada. Criada em 1955 pelo empresário Climério Veloso, também proprietário do Jornal dos Sports com sede no Rio de Janeiro, o empreendimento era um dos principais do país.

Com um rápido crescimento, no fim dos anos 70 teve uma expansão avassaladora no Rio de Janeiro após comprar a rede de supermercados Ideal e Merci. Nos anos 80, para se ter noção do tamanho que era a rede Casas da Banha, eles contavam com 224 lojas espalhadas em sete Estados do país, mais de 18 mil funcionários e um faturamento de US$ 700 milhões.

Em seu 44º aniversário, uma crise inesperada abalou o empreendimento, culpando o congelamento de preços que havia sido decretado no governo de José Sarney. Dessa forma, segundo o ‘Folha de Londrina’, a rede foi declarada falida pela justiça em 1999. O pedido surgiu pelos representantes da própria empresa, que já não tinham como pagar o que deviam aos envolvidos.

Em quais cidades tinham lojas da rede?

• Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Petrópolis, Volta Redonda, Nova Iguaçu, Cabo Frio, Niterói, Duque de Caxias, Queimados, Nilópolis, São João de Meriti, Valença, Rio Bonito, Campos, Barra Mansa, Araruama, Macaé, Barra do Piraí, Três Rios, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia, Teresópolis, Mesquita, Belford Roxo, Itaguaí, Miguel Pereira, Nova Friburgo, Vassouras, Seropédica.
• São Paulo: São Paulo, São Bernardo do Campo, Osasco, Mauá, São Caetano do Sul, Guarulhos, Ribeirão Pires.
• Minas Gerais: Belo Horizonte, Cataguases, Juiz de Fora, Barbacena, Muriaé, Montes Claros, Além Paraíba, Janaúba, Januária, Francisco Sá, Pirapora.
• Distrito Federal: Brasília, Taguatinga, Sobradinho.
• Amazonas: Manaus
• Bahia: Salvador
• Roraima: Boa Vista

Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?

Segundo informações do portal ‘Vem Pra Dome’, ambos os institutos visam a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento. No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa.

Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas. A ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, que é considerado irrecuperável.