224 lojas lacradas e 22 mil na rua: Falência de rede de supermercados nº1 do RJ abala moradores

Falência de grande rede de supermercados no Rio de Janeiro deixa 224 lojas fechadas e mais de 22 mil trabalhadores sem emprego
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Falência de supermercado - Lojas fechadas (Foto: Reprodução)

Falência de supermercado - Lojas fechadas (Foto: Reprodução)

Falência de grande rede de supermercados no Rio de Janeiro deixa 224 lojas fechadas e mais de 22 mil trabalhadores sem emprego

A falência da rede de supermercados do Rio de Janeiro provocou um choque imediato na vida de milhares de trabalhadores e consumidores.

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Com 224 lojas lacradas e mais de 22 mil funcionários demitidos, o colapso da empresa espalhou insegurança econômica por bairros inteiros, onde os mercados funcionavam como pontos de referência e sustento de famílias.

O TV Foco, a partir do seu time de especialistas e das informações disponibilizadas no Wikipédia, detalha agora a falência da rede de supermercados Casas da Banha.

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Fim da rede de supermercados Casas da Banha

​A rede de supermercados Casas da Banha, fundada em 1955 pelo empresário Climério Veloso no Rio de Janeiro, consolidou-se como uma potência no varejo brasileiro durante as décadas de 1970 e 1980.

Porém, com uma estratégia de expansão agressiva, a empresa adquiriu redes concorrentes como Ideal e Merci, ampliando sua presença para 224 lojas em sete estados e no Distrito Federal.

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Supermercados Casas da Banha (Foto: Reprodução)

Além disso, no auge, empregava cerca de 22 mil funcionários e registrava um faturamento anual superior a US$ 700 milhões.

Crescimento do Casas da Banha

A Casas da Banha não se destacou apenas pelo volume de vendas, mas também por sua presença marcante na cultura popular brasileira.

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A empresa patrocinou o programa “Discoteca do Chacrinha”, onde o apresentador lançava produtos como bacalhau para a plateia, promovendo os itens da rede.

Além disso, a marca foi mencionada em músicas de artistas renomados, como Raul Seixas, que citou a rede na canção “Tu És o MDC da Minha Vida”.

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Falência do Supermercados Casas da Banha (Foto: Reprodução)

O declínio

Entretanto, a estabilidade da Casas da Banha começou a ruir em 1986, com a implementação dos planos econômicos Cruzado I e II pelo governo federal, que incluíam o congelamento de preços.

Porém, na época, a rede vendia produtos com preços promocionais, que tiveram que ser mantidos por um ano devido ao congelamento, resultando em prejuízos significativos.

Por fim, a situação se agravou com o confisco do Plano Collor, que afetou ainda mais a saúde financeira da empresa.​

Problemas

Em 1991, a Casas da Banha reduziu seu quadro de funcionários para cerca de 9 mil e iniciou o fechamento de várias lojas.

Porém, no ano seguinte, 149 unidades foram vendidas ou transferidas para antigos proprietários como forma de pagamento de dívidas, enquanto 75 permaneciam fechadas aguardando negociações.

Contudo, em 1993, a empresa enfrentou cerca de 9 mil processos trabalhistas, dos quais 2.800 foram resolvidos com o pagamento de indenizações, totalizando R$ 23 milhões até o final de 1998.

A empresa teve a sua falência decretada em 1999 (Reprodução: Internet)

Declínio da Casas da Banha:

A Casas da Banha sofreu falência?

A falência da Casas da Banha foi oficialmente decretada em 28 de abril de 1999 pelo juiz Luiz Felipe Salomão, da 2ª Vara de Falências e Concordatas, após a própria empresa confessar sua incapacidade de saldar as dívidas.

Além disso, o passivo trabalhista estimado era de US$ 5 milhões, e o juiz determinou o lacre das instalações e estabeleceu um prazo de 20 dias para a justificativa de créditos por parte dos credores .​

CONCLUSÃO 

Por fim, o encerramento das atividades da Casas da Banha representou não apenas o fim de uma das maiores redes de supermercados do Brasil. Porém, evidenciou como políticas econômicas mal planejadas e a falta de adaptação às mudanças do mercado podem levar ao colapso de grandes empresas.

Contudo, o caso serve como um alerta para a importância da gestão eficiente e da capacidade de resposta a crises no setor varejista.

Veja também matéria especial sobre: Carrefour, Sonda e+: Novo decreto coloca café atrás das grades em supermercados de SP em 2025.

Wellington Silva é redator especializado em celebridades, reality shows e entretenimento digital. Com formação técnica em Redes de Computadores pela EEEP Marta Maria Giffoni de Sousa e atualmente cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas na FIAP, Wellington une sua afinidade com tecnologia à vocação pela escrita. Atuando há anos na cobertura de famosos, cantores, realities e futebol, tem passagem por portais dedicados ao universo musical e hoje integra o time de redatores do site TV Foco. Seu olhar atento à cultura pop e à vida das celebridades garante matérias dinâmicas, atualizadas e com forte apelo para o público conectado.Contato: @ueelitu

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