FIM DE UMA ERA!

3 redes de mercados, rivais do Atacadão e Assaí, dão adeus e fecham mais de 400 lojas

3 supermercados brasileiros, rivais do Assaí e Atacadão, se despediram após fechar lojas e passar por situações desafiadoras (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Assaí)

3 supermercados brasileiros, rivais do Assaí e Atacadão, se despediram após fechar lojas e passar por situações desafiadoras (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Assaí/Atacadão)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

3 grandes redes de supermercados, rivais do Atacadão, Assaí e outros deram adeus e fecharam as suas portas, chocando milhares de consumidores

Como já dissemos antes, o setor varejista é altamente competitivo, ainda mais quando se trata de redes de supermercados, uma vez que são considerados comércios de primeira necessidade.

Tanto é que até mesmo os grandes nomes do setor acabaram sofrendo quedas, fechamentos e até mesmo falências no país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Falando nisso, separamos 3 casos chocantes, envolvendo nomes extremamente famosos no setor que infelizmente acabaram se despedindo do país, fechando as portas e lidando com situações desafiadoras, somando o fechamento de 400 lojas.

Veja abaixo os detalhes de cada um deles e como cada rede se encontra atualmente:

1- Makro:

Apesar de ter desembarcado por aqui na década de 70, o Makro teve seu grande Boom nos anos 90, se tornando uma das maiores referências para milhares de consumidores na hora de fazer as suas compras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com o Estadão, o impasse já se arrastava desde 2020. Naquele período, o Grupo SHV, dono do Makro, já havia vendido parte das lojas para o Grupo Carrefour Brasil.

Na época, foram um total de 29 unidades que custou aos cofres da francesa um total de R$ 1,95 bilhão.

LEIA TAMBÉM!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais uma venda

Porém, no ano de 2022, o Grupo Muffato, rede paranaense fundada em 1974, adquiriu 16 lojas e 11 postos de gasolina da mesma rede atacadista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda de acordo com o Estadão, a principal razão do Makro ter saído do Brasil foi  a competição acirrada do setor alimentício, principalmente dos novos atacarejos como o mencionado Atacadão.

Até porque, as redes começaram a dominar um espaço que antes era dominado pela holandesa.

Mas, apesar da transação com a Muffato ter tido início em 2022, ela foi concluída somente no fim de janeiro de 2023 .

De acordo com o Giro News, a Cade aprovou a compra em março deste ano de 2023. Em seu parecer, o órgão concluiu que a operação não acarretou em prejuízos ao ambiente concorrencial.

Para o Grupo Muffato, a transação estrou em linha com sua estratégia de expandir para outras localidades, marcando sua estreia na capital paulista.

Entretanto, o Makro, a venda das unidades estava inserida na estratégia do grupo SHV de encerrar sua operação no Brasil.

As demais lojas foram divididas entre o Savegnago e Grupo Pereira.

Despedida expressa

Em julho de 2023, após terminar de vender suas lojas para o Grupo Muffato, Savegnago e Grupo Pereira, que a Makro Atacadista se despediu oficialmente do mercado brasileiro.

A rede divulgou esse encerramento do ciclo no país em seu site e publicou através das suas redes sociais, um comunicado sobre esse fim:

“Há 50 anos iniciamos nossa jornada no Brasil, e em todos estes anos participamos de sua história, da sua evolução e do seu crescimento.

Estivemos sempre ao seu lado e fizemos parte da sua família. Hoje, temos a certeza de ter conquistado um lugar no seu coração.

Nossa operação se despede do Brasil deixando nosso agradecimento a todos clientes, fornecedores e colaboradores que juntos fizeram parte desta história.”

Ao procurar o perfil oficial da Makro Brasil nas redes sociais ele não aparece mais e os únicos perfis ativos são os dos países em que ele ainda opera como Colômbia, Venezuela e Argentina.

Vale mencionar que atualmente não existem mais mercados com a bandeira Makro ativas.

2- WalMart

Em 12 de agosto de 2019, a rede norte americana Walmart deixou de ser usada no Brasil e passou a se chamar Grupo BIG, que posteriormente também foi vendida ao Carrefour, em 2021.

De acordo com o portal InfoMoney, essa decisão foi tomada pelo Advent, fundo de investimentos que comprou a operação brasileira da rede há cerca de um ano anterior. 

Fortalecimento de outras

Posteriormente, as marcas BIG e Nacional passaram a se espalhar pelo país. Com isso, a holding Grupo BIG passou a contar com:

Mas as linhas de supermercados passarão a ter somente duas bandeiras:

Comunicado:

Por meio de um comunicado, a empresa comunicou a transação e informou como ficaria o cenário dali em diante:

“A empresa optou por suas marcas regionais, que resgatam o vínculo emocional com os consumidores.

As lojas de hipermercado Walmart nas regiões Sul e Sudeste passarão a se chamar BIG, enquanto no Nordeste, todos os hipermercados serão Big Bompreço”.

“As mudanças, no entanto, vão muito além das novas bandeiras. A empresa já está realizando mudanças efetivas na operação em todo o País, com a renovação das lojas, a ampliação de 30% do sortimento e uma nova estratégia comercial e de preços.

Até junho de 2020, a expectativa é concluir a reforma de 100 hipermercados”

Além da mudança nas bandeiras das lojas, o Walmart já tinha fechado 10 unidades e em maio de 2020 encerrou as operações online.

Fim decretado

Apesar da marca ter permanecido ativa como Supermercado Walmart por um tempo mas, em março de 2021, os donos dos grupos Advent e Walmart informaram sobre o acordo com o Carrefour Brasil para venda da operação do Big que custou a quantia de R$ 7,5 bilhões.

Com isso, tanto o Walmart como o Advent se tornaram sócios minoritários no Grupo Carrefour Brasil, em uma participação próxima de 5,6% no capital.

Em janeiro do ano de 2022, a Superintendência Geral do Órgão recomendou a aprovação da transação, condicionada a venda de algumas unidade do varejo de autosserviço.

Porém, somente em maio de 2022, o Cade aprovou, com restrições, a compra do Grupo BIG pelo Carrefour Brasil.

Em 7 de junho de 2022, o Grupo Carrefour Brasil finalizou as negociações e tornou a rede sua subsidiária.

Sendo assim, as últimas lojas da rede Walmart no Brasil foram completamente extintas. O Carrefour só manteve as marcas:

A bandeira Big foram divididas entre as principais bandeiras, como podem ver por aqui*.

Conforme o portal Veja, um dos motivos do fracasso da rede aqui foi que a mesma não se adaptou ao estilo do varejo brasileiro, porém a rede ainda funciona nos Estados Unidos.

3- O Dia

Em março de 2024, o supermercado Dia, no dia 21 de março, anunciou oficialmente a decisão de solicitar pela sua recuperação judicial no Brasil, citando resultados consistentemente desfavoráveis como principal justificativa.

O anúncio foi feito uma semana após a rede anunciar o fechamento de 343 supermercados e 3 centros de distribuição no Brasil. 

Fechamentos, dívidas e decisão tomada

Conforme informado pelo portal CNN, a dívida descrita no pedido de recuperação judicial soma R$ 1,1 bilhão.

A varejista afirmou que a crise era resultado de uma série de problemas que se acumulam desde 2021:

De acordo com o portal Exame, a empresa decidiu permanecer apenas em São Paulo, encerrando assim sua presença no restante do país após dominar esses espaços por aproximadamente 23 anos.

Sofrendo com sucessivos prejuízos, desde a sua chegada, o Dia passou a contar com um amplo plano de reestruturação cujo qual deve manter apenas 244 lojas em São Paulo, onde está concentrada sua maior operação.

Ao longo dos anos, o negócio acumulou o que chamamos de “queima de caixa”. No ano de  2023, o prejuízo foi de 154 milhões de euros, com um fluxo de caixa livre negativo em 37 milhões de euros.

Manifestação:

Por meio de uma nota, publicada na semana anterior à decisão, o grupo afirmou que: “Faria a posterior análise de diferentes alternativas estratégicas para o Dia Brasil”.

Agora as 244 lojas mantidas se concentram agora especialmente na:

Também continuarão ativos, o programa de fidelidade Clube Dia e a venda de produtos de marca própria, uma característica muito forte da rede espanhola:

“O grupo vai ajustar seu escopo no país para concentrar seus negócios na região de São Paulo, onde tem uma maior rentabilidade e a concentração de lojas permite capilarizar a rede logística e redução de custos”

O plano aprovado pelo conselho em administração visou destinar recursos para Espanha e Argentina, mercados mais rentáveis e com maior potencial de crescimento para o grupo.

Vale salientar que essa medida se assemelha bastante com a situação do Carrefour, que também de forma recente, decidiu fechar algumas lojas deficitárias e substituir por outras bandeiras da rede, como podem ver por meio deste link*

Em que situação ficou a rede Dia após os fechamentos?

Segundo o portal UOL, o grupo varejista espanhol dono do supermercado Dia anunciou ainda no dia 31 de maio de 2024, a venda dos seus negócios no Brasil.

Apesar do Grupo sair do país a marca e as lojas, que se mantêm abertas e em operação devem continuar ativas normalmente.

Fora isso, as lojas serão mantidas pelo fundo criado pela gestora de ativos brasileira MAM Asset Management, que pertence ao Banco Master, cujo qual comprará a rede de supermercados. O Dia venderá seus negócios pelo preço simbólico de 100 euros.

A empresa espanhola se comprometeu a transferir 39 milhões de euros para sua unidade brasileira antes da venda e o negócio fará com que o Dia registre um impacto contábil negativo de 101 milhões de euros em seu balanço, disse em documento divulgado hoje.

Conforme dito acima, o Dia está vendendo ativos para reduzir sua dívida financeira líquida. Segundo o grupo Dia no Brasil, suas operações em São Paulo empregam mais de 2.500 trabalhadores.

Conclusões finais:

A saída de grandes redes como Makro, Walmart e Dia do mercado brasileiro marca um ponto de inflexão no setor varejista.

A concorrência acirrada e a mudança nos hábitos de consumo, impulsionaram essas empresas a tomarem decisões estratégicas e muitas vezes “dolorosas”

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

Sair da versão mobile