Supermercado tradicional fecha lojas em país e vira terror da falência
Pouco tempo após o alvoroço vivido pela Americanas, que admitiu inconsistências contábeis bilionárias no ano passado e decretou uma crise sem precedentes, outra gigante do setor luta para evitar a falência.
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A tradicional rede de supermercados Dia, de origem espanhola e operando no Brasil desde 2001, vem sofrendo uma série de prejuízos sucessivos, resultando em uma dívida astronômica de mais de R$ 1 bilhão.
Contudo, a empresa não vai se entregar fácil. Para contornar a situação, a rede entrou com um pedido de recuperação judicial recentemente, com a elaboração de uma estratégia radical.
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Esse movimento drástico visa a sobrevivência da operação brasileira, com o fechamento de mais de 343 unidades no país. Embora difícil, a manobra busca aproveitar a maior eficiência logística possível.
Em resumo, para tentar escapar da falência total, o Grupo Dia decidiu adotar uma estratégia radical: concentrar suas operações exclusivamente em São Paulo.
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Entre os 244 pontos restantes, 123 são franquias e 121 são unidades próprias da empresa. Dos 5,5 mil funcionários diretos, a empresa manterá apenas 2 mil após a atual reestruturação. Mais 2 mil são empregados indiretos e devem ser mantidos.
Essa estratégia também abre caminho para que o Grupo Dia redirecione esforços e recursos para suas operações internacionais, particularmente na Espanha e na Argentina.
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Nestes países, a empresa tem conseguido uma posição de maior destaque ao focar na distribuição alimentar de proximidade.
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Apesar da gravidade da situação, há um fio de esperança. O plano de recuperação judicial, se bem-sucedido, poderá permitir ao Grupo Dia retomar a estabilidade no mercado brasileiro.
O que acontece com uma empresa em Recuperação Judicial?
A recuperação judicial é um processo legal que visa ajudar empresas em dificuldades financeiras a reorganizarem suas operações e pagarem suas dívidas de forma controlada, evitando a falência.
Para iniciar esse processo, a empresa deve entrar com um pedido no tribunal, apresentando documentação que comprove sua situação e a viabilidade de recuperação.
Se o pedido for aprovado, a empresa deve então elaborar um plano detalhado de recuperação, que será apresentado e votado pelos credores.
Se aprovado, o plano é implementado, podendo incluir medidas como alongamento de prazos de pagamento, venda de ativos e mudanças na administração.
Se a empresa cumprir o plano e estabilizar suas finanças, a recuperação judicial é encerrada, e a empresa continua operando normalmente.
Caso contrário, a empresa pode ser declarada falida e seus ativos liquidados para pagamento dos credores.