AS 4 falências cruéis no Brasil e 3 gigantes que ressurgiram das cinzas
Ao longo dos anos, o Brasil encarou 4 falências cruéis, mas em contrapartida 3 gigantes ressurgiram das cinzas, após enfrentarem dívidas de 98 bilhões, escândalo exposto no Jornal Nacional e até mesmo prisão.
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2023 foi um ano bastante complicado para grande parte dos empresários, mas ao longo da história muitas empresas encaram dificuldades e gigantes surpreenderam a ter as crises expostas e dívidas extraordinárias.
Veja agora as empresas que ressurgiram das cinzas:
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Oderbrecht
A Odebrecht, que foi fundada por Norberto Odebrecht é um conglomerado empresarial brasileiro que atua nas áreas de construção e engenharia, química e petroquímica, energia, dentre outros, mas viveu um grande escândalo exposto no Jornal Nacional.
No mês de junho de 2019, a Caixa entrou com um pedido de falência contra a companhia, após o pedido de recuperação judicial por conta das dívidas que estavam ultrapassando a casa dos 98 bilhões de reais, mas a Justiça negou o pedido.
Por conta disso, o Jornal Nacional divulgou a lista da quantia que o banco teria para receber e somente para a Caixa econômica Federal os valores estavam na casa dos 5 bilhões de reais.
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A Odebrecht é responsável pela maior recuperação judicial da história do Brasil, e para buscar reverter a situação e deixar o passado para trás, inclusive as práticas de corrupção que vieram à tona com a Operação Lava Jato, Norberto Odebrecht decidiu mudar.
Embora ainda tenha os mesmos donos, o grupo reformulou toda a sua liderança, ainda segue com um enorme processo referente a recuperação judicial, mas está de cara nova, já que trocou de nome e agora se chama Novonor.
“Quando cheguei, o caminho já estava pavimentado, com a recuperação judicial homologada, acordos de leniência feitos e pudemos partir e olhar para o futuro”, disse o novo presidente da Novonor, Hector Nuñes.
Ricardo Eletro
A Ricardo Eletro foi por muitos anos uma das principais varejistas de eletrodomésticos do Brasil, com mais de 1.200 lojas espalhadas pelo Brasil e um faturamento superior a 9 bilhões de reais e contava com 28 mil funcionários.
De acordo com o portal ‘Uol’, tudo começou a desandar para a empresa em 2015, quando passaram a enfrentar dificuldades financeiras, com a sua receita sendo diluída ano a ano, após chegar a quase zero em 2019.
Para completar as dificuldades, Ricardo Nunes, dono da Ricardo Eletro, acabou sendo preso em 2020, acusado de sonegar impostos quando ainda estava na companhia, mas ficou apenas 1 dia na cadeia.
Segundo o ‘Uol’, a empresa teve a sua falência decretada no dia 9 de junho de 2022. Mas, a loja está ressurgindo das cinzas, também com um novo nome, agora ‘Nossa Eletro’, e já teve algumas lojas inauguradas em Minas Gerais com o objetivo de reverter a sua falência.
“A gente está refundando a empresa. Já abrimos duas e vamos abrir mais três”, disse o Ceo na Nossa Eletro, Pedro Bianchi.
Mappin
A Mappin foi uma das maiores lojas durante as décadas de 1970 e 1980, vivendo o seu momento de expansão em 1990, mas essa década também ficou marcada como o período de decadência da marca.
De acordo com o portal ‘Uol’, as dívidas foram acumulando e a loja fechou as suas portas em 1999 e acabou sendo comprada em um leilão público pela Marabraz, em 2009, por 5 milhões de reais.
Apesar, a Mappin foi relançada pela Marabraz em 2019, com um site que está no ar desde 2019 e a meta é se transformar em uma plataforma para o marketplace.
Nas redes sociais, a rede usa o slogan ‘Reviva o Mappin’. Atualmente a rede segue os padrões de preço da sua compradora, mas ainda segundo o ‘Uol’, a ideia é lançar uma linha premium para diferenciar os produtos vendidos pela Mappin e Marabraz.
Quais foram as 4 falências cruéis no Brasil?
Avianca Brasil
A Avianca Brasil foi uma das grandes companhias aéreas brasileiras, mas que acabou realizando o seu último voo no dia 24 de maio de 2019, já que de acordo com o portal ‘G1’, teve a sua falência decretada em 2020 por conta de uma dívida de 2,7 bilhões de reais.
Ainda segundo a Globo, a empresa ainda buscou alternativas para se reerguer através do pedido de recuperação judicial, mas não conseguiram obter um êxito e deu adeus em definitivo.
Saraiva
A Saraiva, uma das principais livrarias do Brasil e amada por todos, passou a enfrentar uma forte crise financeira, muito impulsionada pela pandemia da Covid-19, que se deu início em 2020.
De acordo com o portal ‘G1’, a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital decretou a falência da loja no dia 6 de outubro de 2023, por conta de uma dívida de 675 milhões de reais.
O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho revelou o motivo de ter decretado a falência: “O descumprimento do plano de recuperação judicial determinou a suspensão de ações e execuções contra a falida e a apresentação da relação de credores”.
Banco Fluminense da Produção
O Banco Fluminense da Produção foi fundado no dia 21 de junho de 1941 e ao longo dos anos se tornou a maior instituição financeira do Rio de Janeiro, sempre focada em produtores rurais, comerciantes e indústrias.
Porém, já em 1948 os problemas começaram a surgir, com problemas em crédito com mais de 10 mil pessoas e a Superintendência da Moeda de Crédito afirmou que a instituição não teria mais condições de operar.
Com isso, no dia 26 de dezembro de 1950 o Banco Fluminense da Produção teve a sua falência judicial decretada, após outros prejuízos serem revelados e cerca de 37 mil credores.
Shefa
A Shefa, uma das principais empresas de laticínios do Brasil, também enfrentou momentos de crise, e de acordo com o portal ‘Carta Capital’, no dia 12 de julho deste ano teve a sua falência decretada.
Segundo o juiz Fernando Leonardo Campanella, a decisão foi tomada por conta de uma quebra de confiança e comprovação de indícios de fraudes no processo de sua recuperação judicial.
A sentença se deu após quase 6 anos de a Shefa ter apresentado o pedido de recuperação judicial, por conta de uma dívida de ultrapassou a casa dos 200 milhões de reais.