Do sucesso a falência: 4 grandes varejistas que não estão entre nós mais
O mercado de varejistas é um dos mais populares do país. Assim como grandes corporações surgem, muitas outras acabam deixando o mercado por falência. Os motivos podem ser os mais variados e na lista tem até quem foi comprada pelo Carrefour.
Então, veja abaixo a lista de mega lojas que já fizeram sucesso no passado e hoje fazem apenas parte da história de grandes varejistas que estiveram no Brasil. As falências foram expostas pela CNN.
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MESBLA
Abrimos a lista falando da Mesbla que foi fundada em 1912. Ela fez muito sucesso e ficou operando até os anos 80. No auge de 1980, ela chegou a ter 180 lojas e mais de 28 mil funcionários em todo território nacional. Mas, na décade 1990, ele acabou enfrentando o crescimento de outras varejistas e ainda popularização dos shoppings centers.
A queda veio após a hiperinflação de 1980 somando a decisão dos executivos em acumular mercadorias em excesso com medo de novos aumentos de preços não previram a chegada do Plano Real, e muitas mercadorias logo se tornaram a ruína dos milionários.
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Tantos problemas fizeram a empresa declarar falência em 1999 com dívidas de R$ 1 bilhão conforme exposto pela CNN Brasil. 23 anos depois, em maio de 2022, a empresa anunciou a volta ao comércio eletrônico.
MAPPIN
Ela chegou com a proposta de ser uma loja de artigos de luxo em 1913. Não demorou a se tornar um paraíso de compras da elite e uma espécie de point de damas da cidade, que lotavam a loja para colocar o papo em dia. Mas, a crise 1929 afetou fortemente a empresa, que decidiu ser mais acessível para classes inferiores.
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Os bons anos após a crise se estenderam até 1990, ano que a Mappin era simplesmente uma das principais do país e em uma jogada ousada, queria comprar as concorrentes. Em 1995 anunciou um prejuízo de R$ 20 milhões e em 1996, foi adquirida pelo empresário Ricardo Mansur, também administrador da Mesbla. A empresa não conseguiu sair do buraco, e a varejista teve sua falência declarada no mesmo ano que a empresa-irmã, em 1999.
ULTRALAR
Pioneira no formato de magazines, a Ultralar chegou ao mercado para ser o braço direito da Ultragás. Fundada em 1956 por Ernesto Igel, tornou-se uma das pioneiras no ramo de grandes lojas de departamentos. Com o slogan “Na Ultralar da pé”, ela acabou se tornando popular entre o público e já possuía diversas unidades nos principais estados do país, como. Em 1974, inaugurou um hipermercado, que mais tarde foi comprado pela rede Carrefour.
Mas o Grupo Ultra não queria mais negócios que não tivessem relação com distribuição de gás e petroquímica. E assim, resolveu e desfazer dos outros negócios. Com isso, a Ultralar abandonaria o grupo.
E foi assim, que o Grupo Susa Vendex ficou com as Lojas Ultralar, que possuíam 44 filiais, distribuídas entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Isso marcou a mudança da loja, que passou a se chamar Ultralar & Lazer.
Mas, o pior ainda estava por vir. Uma crise financeira abateu a grande empresa nos 2000 e sem conseguir se manter, os responsáveis tentaram vender a loja para as Casas Bahia e Ponto Frio, mas o negócio não deu certo.
ARAPUÃ
Fundada em 1957, Arapuã foi especializada no comércio de produtos eletroeletrônicos, ao longo das décadas sua atividade cresceu e sua reputação ganhou destaque no mercado. Mas, a Crise da Ásia da década de 1990, fez com que ocorresse um aumento nas taxas de juros pelo governo brasileiro, e isso afetou as vendas a prazo e aumentou a inadimplência.
Em 2002, a dívida da loja Arapuã chegou a 1 bilhão de reais, levando ao fechamento de lojas e demissões em massa. A empresa entrou com pedido de falência e se ofereceu para pagar a dívida com seus credores em dois anos. No entanto, alguns deles não receberam o valor prometido e recorreram na Justiça contra a empresa, que foi declarada falida em julho de 2002.
QUAL OUTRA GIGANTE QUE FEZ SUCESSO E FALIU?
Ainda na lista de hoje, temos a JumboEletro. Sua história começou quando o Grupo Pão de Açúcar decidiu, em 1976, adquirir a Eletroradiobraz, uma das maiores empresas do varejo na época. Segundo a CNN, após a aquisição, o público passou a chamar os supermercados de Pão de Açúcar e os hipermercados, como Jumbo Eletro.
Como parte da reestruturação empresarial, o Grupo Pão de Açúcar decidiu desativar a loja Jumbo e o supermercado passou a se chamar Extra.