Natura acaba de se despedir de unidade crucial da marca que gigante do setor acaba de comprar
E uma nova marca, acaba de comprar unidade crucial pertencente à queridinha dos cosméticos nacionais, a Natura, que agora se despede da mesma após essa transação.
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Estamos falando do grupo australiano Goodman Brasil, cujo qual está operando em nosso país desde 2012, atuando nos grandes centros consumidores do país, com foco em propriedades estaticamente localizadas.
Sejam elas grandes centros de distribuição ou operações urbanas voltadas para a última milha da cadeia logística. Tanto é que a venda em questão se trada do do imóvel em que fica a fábrica da Avon, na avenida Interlagos, no bairro Jardim Marajoara, em São Paulo.
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Apensas para quem não sabe, no ano de 2020 a Natura comprou a marca Avon, por 2 bilhões de dólares, o que equivale a aproximadamente R$10 bilhões*
*Para saber mais sobre essa compra , clique aqui
Conforme divulgado no portal Exame, o valor da transação da Goodman não foi revelado.
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1-Gigantesco
De acordo com o portal Pipeline Valor, o terreno, que possui uma área de 122,4 mil metros quadrados e 70,4 mil m2 de área bruta locável, terá inicialmente um contrato de sale and leaseback* com o grupo Natura.
*É uma transação financeira na qual se vende um ativo e o arrenda de volta a longo prazo; portanto, continua a ser capaz de usar o ativo, mas não o possui mais.
Porém a ideia é que ele seja transformado em um galpão logístico para locação a outros inquilinos, conforme dito por Edith Bertoletti, diretora-executiva da Goodman no Brasil.
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Vale dizer que tal fábrica foi inaugurada ainda na década de 70 e desde 2017 era o centro de inovação da Avon no Brasil.
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2- Estava nos planos
Apesar de chocante, essa venda do ativo na verdade faz parte do processo de integração dos negócios entre Natura e Avon, que passarão a se concentrar na cidade paulista de Cajamar, reunindo as duas equipes operacionais.
Segundo a Natura, a migração será feita de forma gradativa a partir do próximo ano de 2024. A ideia é transformar Cajamar em um centro global de pesquisa e inovação, respeitando a autonomia das marcas.
Porém, de acordo com o portal Exame, após muito crescer, a Natura &Co tropeçou nas próprias pernas e precisou dar passos atrás.
Desde a chegada de Fabio Barbosa, em junho de 2022, a companhia vem adotando uma tese de eficiência, ficando mais enxuta com a venda de ativos.
Foi assim que fechou a venda da Aesop para a L’Oréal por US$ 2,5 bilhões em outubro do ano passado e, mais recentemente, anunciou a venda por £ 207 milhões da The Body Shop para o private equity europeu Aurelius.
Os recursos desse desinvestimento devem entrar até o fim do ano.
Inclusive com o dinheiro da Aesop, a Natura &Co antecipou o pagamento de mais da metade de suas dívidas, hoje em R$ 6,19 bilhões, com a relação entre dívida total e Ebitda passando de 4,35x para 3,21x.
A empresa terminou o terceiro trimestre com um caixa líquido de R$ 696,6 milhões.
Quais são as expectativas da Goodman em nosso país?
Como mencionamos acima, a Goodman, atua em nosso país desde 2012 e, desde então, tem aumentado investimentos em galpões.
Só no ano de 2022, o grupo anunciou um investimento de R$ 400 milhões na antiga fábrica da Rhodia Química, em Santo André, cujo projeto de complexo logístico está em desenvolvimento e na fase de terraplanagem.
Com a escassez de terrenos disponíveis nas grandes cidades, a Goodman tem olhado imóveis já prontos, como antigas plantas industriais, para transformar em complexo logístico. A
Ainda de acordo com o portal, a Goodman também adquiriu uma planta industrial em Jaguaré, que está passando por ajuste para virar galpão logístico.
Conforme afirmado por Bertoletti, o grupo astraliado pode investir tanto de forma direta como em parceria com demais investidores, via fundos.
No ano de 2018, a firma lançou um fundo Goodman Brazil Logistics Partnership (GBLB) em parceria com GIC, APG, CPPIB e First State Super, cujo prazo de investimento se encerrou em 2021.
O portfólio conta atualmente com cinco ativos e patrimônio de 585 milhões de . São dois galpões já prontos, um em Itaquera na cidade de São Paulo e outro em Cajamar, três em desenvolvimento em Guarulhos, na Grande São Paulo, mais um em Cajamar e Rio.
Bertoletti ponderou que o Brasil ainda tem uma carência de galpões logísticos com boa localização, próximos dos grandes centros de consumo, que garantem demanda de inquilinos.