Varejistas como Casas Bahia, Carrefour e outras vivenciam cenário de terror que se alastra desde 2023 e essa é a verdade
Se tem uma frase que definiu bem o ano de 2023 para as varejistas (e que ainda se alastra em 2024) é a: “O mar não está para peixe”!
E o pior é que esse cenário aterroriza não apenas os pequenos comerciantes como grandes nomes do mercado.
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Inclusive, muitos se assustaram com a notícia de que o grupo espanhol O Dia, um dos líderes do setor de mercados, anunciou o fechamento de 343 supermercados e 3 centros de distribuição no país.
De acordo com o portal Metrópoles, esse número equivale ao dobro dos 159 pontos de venda fechados pela Americanas, que vive uma crise que se arrasta desde janeiro de 2023.
Além das duas empresas, outros gigantes do varejo nacional vivenciam esse mesmo terror ao informar ter executado/ou que ainda irão executar uma forte redução de suas estruturas físicas.
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A lista inclui, por exemplo:
- Carrefour
- Lojas Marisa, forte rival da C&A
- Casas Bahia
Rombo de 1 bilhão
Falando em Casas Bahia, vale mencionar que a mesma não se encontra também nos seus melhores momentos. Afinal ela registou o seu pior terceiro semestre em 2023.
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De acordo com o portal Brazil Journal, a Casas Bahia foi impactada pelos custos do plano de reestruturação que a empresa apresentou ao mercado em agosto. que além dos fechamentos, incluiu redução nos dos estoques e até demissões.
Fora isso, de acordo com o Exame Invest, no dia 04 de março de 2024, ela chegou a anunciar que conseguiu prorrogar para 3 anos o prazo de suas dívidas que já chegam a R$ 1,5 bilhão, cujas quais venceriam neste ano.*
(*Para saber mais sobre esse assunto, clique aqui)
Veja abaixo a lista com os números totais dos maiores fechamentos das varejistas no país:
Rede Dia – 343
Carrefour – 123
Marisa – 89
Casas Bahia – 38
Motivos diversos
Embora a maioria desses nomes citados façam parte do mesmo setor no quesito varejo e enfrentam problemas comuns nos últimos anos, o fechamento de cada uma delas ocorrem por motivos bem diferentes.
Na opinião de Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), no caso dos supermercados, um entrave comum para o bom resultado positivo das redes tradicionais foi o crescimento assustador do atacarejo, mesmo em bairros menores.
De acordo com um relatório do BTG Pactual, divulgado em fevereiro deste ano, esse misto de atacado com varejo num só ponto de venda aumentou a penetração entre os consumidores brasileiros de 62% para 73% entre 2019 e 2023.
Hoje, ele alcança cerca de três quartos dos domicílios.