Globo é acusada de plágio em abertura de “A Lei do Amor”
04/12/2016 às 10h16

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Após polêmica com destruição de esculturas de artistas pernambucanos, a novela “A Lei do Amor” da Globo sofre com nova situação envolvendo obras de arte, dessa vez envolvendo um profissional que acusa a emissora de plágio.
O artista plástico baiano Baldomiro Costa diz que a abertura da novela das 21h é uma cópia da obra “100 Metros de Tecido Vermelho“, desenvolvida em 2011, durante o Mestrado em Artes Visuais na Escola de Belas Artes da UFBA.
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A obra já ganhou várias premiações no setor de artes visuais e chegou a virar um livro, intitulado “Natureza Ampliada“, lançado na 3ª Bienal da Bahia no Museu de Arte Moderna (MAM). O artista afirma que chegou a entrar em contato várias vezes com a emissora, mas não teve retorno. “Tentei contato por telefone, mandei dois email’s, meu filho também mandou e-mail.. e nada”.
“Fico chocado ao perceber as relações da minha obra (100MTV) com a abertura da novela, e a falta de créditos pelos aspectos principais de referências. Ao assistir o making off da abertura da novela, notei que um dos diretores cita a influência de outros “artistas da natureza” na abertura, como Richard Long e Andy Goldsworthy, os quais também cito na minha dissertação”, declara Baldomiro.

À esquerda, obra “100MTV-Eucalíptos” de Massarandupió, 2011; e à direita cena da abertura de “A Lei do Amor” (Foto: Reprodução/ TV Globo/ Facebook)
“É incrível o desrespeito que temos no Brasil com a nossa própria cultura, principalmente a nordestina, apesar do pioneirismo do meu trabalho em relação à natureza, ainda não desfruto do merecido reconhecimento artístico, e, quando essa oportunidade surge, não me dão os devidos créditos”, comenta ele, que afirma que vai processar a Globo.
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Vale dizer que esta semana a Globo também se envolveu com outra polêmica envolvendo artistas na mesma novela. Em sequência exibida na noite da última quarta-feira (30), o personagem de José Mayer, Tião, destrói obras de arte presentes em um ateliê.
Dentre os materiais quebrados, estão esculturas de artesãos do estado como Lula Gonzaga, Mano de Baé, Mestre Zuza, Mestre Heleno e Luiz Benício de Garanhuns, que não gostaram nada de ver suas obras sendo destruídas em rede nacional.
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“Realmente ficamos constrangidos com a cena. A Globo comprou nosso material, expôs e fez uma barbaridade daquelas. Se é pra mostrar a ruindade do vilão, ele que faça outra coisa”, disse Mestre Zuza, criador de uma escultura destruída.
Autor(a):
Vinícius Vieira
Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.