A Aranha e o Presidente – Por Arthur Vivaqua
20/07/2012 às 1h55
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– Nós vamos matar o presidente dos EUA!
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A frase é tão ousada e improvável quanto a trama da qual faz parte.
Matar Barack Obama é o atual objetivo dos protagonistas de Máscaras.
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A data é 20/03/2011.
Obama está visitando o Brasil.
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Às 14h, ele irá discursar na sacada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Inesperadamente, porém, o discurso de Obama é transferido para o interior do Theatro, considerado um local mais seguro.
Isso tudo é verdade, conforme você pode comprovar clicando AQUI
O que ninguém sabia ainda é que o presidente só pôde dizer “Alô, Cidade Maravilhosa!” graças a Otávio e Nameless, que impediram um desastre.
Havia dois atiradores profissionais prontos para matá-lo e caso Otávio não…
Espere.
Perdoe-me, estou confundindo ficção com realidade.
Não farei, no entanto, mea culpa.
É normal que um “pseudo-escritor” como eu esteja um pouco zonzo.
Afinal, como manter-se calmo diante de tamanha Criatividade (a letra maíuscula foi proposital) ?
Quando a Teledramaturgia assistiu a uma história entrelaçada sutilmente na História?
Imaginem Lauro César Muniz planejando isso!
Chamem isso de “chato”, “loucura” ou “delírio”.
Mas não ouse dizer que não é genial…
***
A Coluna já disse e reafirma:
Houve erros cruciais na execução de Máscaras.
Sua essência, porém, não deve ser desprezada por isso.
Ainda que a bola bata na trave um belo chute deve ser aplaudido.
E Máscaras tentou fazer um gol de placa.
Os números dizem que não conseguiu.
Mas muitas pessoas tem opinião diferente.
***
Avenida Brasil “congelou” o Twitter ontem.
Foi lindo demais ver o “Team Avenida” em ação.
Debates, brincadeiras, união!
Acho que era isso que o inventor da Televisão tencionava criar.
Venho, porém, revelar que o “Team Máscaras” também existe.
É, segundo o Ibope, 6 vezes menor que o “Avenida“, é claro.
Mas ser menor não o torna menos belo.
E se há “Team”, há Paixão.
E onde há Paixão, há pessoas.
E se pessoas são tocadas, a Obra é um sucesso.
Que o Mercado se preocupe com os números!
Nós, membros dos “Teams”, estamos ocupados demais para isso…
***
Enquanto Obama come ovos com bacon, Maria José chora.
Ela é uma senhora de meia-idade, apaixonada por uma aranha que vive no lustre da sala.
Mãe zelosa, Zezé cuida como ninguém do filho Zezinho que, em meio a muitas qualidades, possui um pequeno defeito: é invisível.
Tolice?
A olho nu sim.
Ponha os óculos, porém, e você verá genialidade.
Coloque-se no lugar da atriz Bárbara Bruno, intérprete de Zezé.
Conversar com paredes. Chorar com o vento. Gritar para o escuro.
Existe interpretação mais difícil do que essa?
E será que, lá no fundo, Zezé não é parecida conosco?
Não temos aranhas em lustres, mas temos fantasias na alma.
Não amamos um filho invisível, mas passamos a vida em busca de emoções invisíveis.
Não somos malucos, mas não serei eu a afirmar que somos sãos…
***
Assim caminha Máscaras em sua nova fase.
Novela com jeito de Filme e profundidade de Documentário.
Máscaras, com o perdão da incoerência, é tão fantasiosa que parece ser real.
Twitter: @ArthurVivaqua
E-Mail: [email protected]