Em 2012 escrevi o artigo “A Classe ‘A’ Perdeu a Classe”, onde tratei sobre a ascensão da classe C na TV. Sobretudo, na TV Globo. Naquele tempo, a emissora carioca levava ao ar grandes sucessos como “Avenida Brasil”, “Cheias de Charme” e o – hoje desgastado – “Esquenta”. Tais produções tinham algo em comum e muito peculiar, pois, juntas, apresentavam em seus papeis principais aqueles que hoje, infelizmente, parecem pouco interessar, mas que ainda são a maioria na TV aberta: a classe C.
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Os tempos pareciam outros, as diaristas e donas de casa alçavam o sucesso e eram destaque na emissora que sempre teve seu conteúdo feito para os ricos. O menino nascido no lixão também o fez. Ainda que saiba fazer, a TV aberta em geral, não quer dar voz aqueles que são sua maioria, porém temos programas policiais que só exploram nossas misérias e delas fazem seus ‘shows’.
É triste ligar a TV e lidar com tal realidade, quando temos muito mais a oferecer e sabemos do poder dela se quiser explorar o nosso melhor. É triste, ligar e lidar com Marcelo Rezende, Datena e tantos outros explorando e tirando o máximo de nossas misérias do dia-a-dia. É triste, ligar e lidar com um faz de conta, pintando o quadro como os ricos querem enquanto rimos aceitando e fingindo entender. Nós não regredimos ou diminuímos, a TV é quem o fez – e faz – cada vez que nos ignora. E não amigos, nós não perdemos a classe! Eles só não querem nos valorizar.
Texto enviando pelo leitor: Igor Jinn
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Obs: As opiniões expressas neste artigo são de inteira responsabilidade do escritor, não correspondendo, obrigatoriamente, as do site TVFoco.
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