A doceira e a televisão aberta
07/02/2014 às 9h00
Uma loja de doces é uma coisa muito séria e um comércio difícil que não é pra principiantes.
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Sempre aparecem novas doceiras no mercado que acabam indo embora porque seus donos não entendem o mecanismo de maturação do comércio.
Acabo me lembrando de 3 casos reais de doceiras de sucesso.
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Dulca, Ofner e Cristallo.
Estão há anos no mercado enquanto inúmeras outras vem e vão sem que elas sejam afetadas em nada.
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Desde que conheço a Dulca ela tem sempre os mesmos doces.
Assim também é com a Ofner e a Cristallo.
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E muita gente pode pensar que deveriam criar novidades para manter sua clientela.
Mas elas se mantém exatamente na tradição do que sabem dar certo e que o povo realmente consome.
Enquanto isto outras doceiras modernas aparecem com novidades e logo acabam indo embora.
A TV aberta é uma doceira.
Assim do jeito que os donos da Dulca, Ofner e Cristallo entenderam isto que os clientes querem os mesmos doces durante todos estes anos e que assim devem se manter, os donos de TVs abertas deveriam entender que suas emissoras tem consumidores que desejam aquele tipo de show e entretenimento de anos atrás.
As doceiras modernas são as TVs a cabo, com suas modernidades e novidades que vem e vão embora mas sem a tradição da TV aberta nem a capacidade de faturamento das mesmas.
O dia que os sucessores dos atuais donos da Dulca, Ofner e Cristallo acharem que os doces são antigos e trocarem os doces pra modernos, suas doceiras deixarão de existir.
Os donos das TVs abertas não entenderam isto até agora e ficam querendo modernizar sua programação achando que estas mudanças contínuas vão trazer ibope a cada troca.
Texto: James Akel
Autor(a):
Roberto Sabbatino
Roberto Sabbatino é cinegrafista da produtora RA Filmes estabelecida na cidade de Jaú/SP. Escreve sobre TV desde 2008. As opiniões do colunista apresentadas neste site, obrigatoriamente não expressam as do Tv Foco, sendo de inteira responsabilidade do escritor.Twitter: @tvfococolunista