O horário nobre guarda risos, drama e tensão, mas, também, joias.
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Lília Cabral, intérprete de Maria Marta, brilha cada dia mais na novela de Aguinaldo Silva. Suas cenas seguem uma, após a outra, impecáveis, e mesmo os leves exageros se encontram em total conjunto e harmonia com suas expressões faciais. A personagem é sagaz, manipuladora e articulada. Maria Marta não só manda fazer, como põe em prática as ameaças que profere seguindo linhas já muito vistas em megeras ricas e controladoras, característica a qual faria da personagem só mais uma para a lista, mas Lília transforma uma comum personagem no centro das atenções.
Apesar de integrar o núcleo principal, a personagem, teoricamente, não é uma das protagonistas e, desde o início, não foi apresentada como a vilã principal. É inegável, todavia, que vem roubando a cena até mesmo da excelente atriz Drica Moraes e por desmérito também da vilã Cora, que revela ao público todos os seus objetivos, mas não diz, afinal, a que veio.
Alexandre Nero (José Alfredo) e Lília Cabral (Maria Marta), contracenam em grande sintonia na trama, como marido e mulher. Suas armações, paixões e o modo como se opõem na busca do que desejam, faz com que quase se intitulem como Sr. e Sra. Smith da Globo.
Lília se joga em seus papéis. Foi assim ao interpretar Marta em “Páginas da Vida”, Teresa em “Viver à Vida” e Griselda em “Fina Estampa”. É notável seu amadurecimento ascendente dentro do que interpreta como se se sentisse tão à vontade no que faz que é capaz de convence a quem a assiste.
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Quando ligamos a televisão no horário nobre, deparamo-nos com um dos pontos fortes da novela: olhos verdes, cintilantes e fortes. Olhos bons o bastante para chorar, para repreender e para nos fascinar. Olhos diamantinos nos quais se esconde o verdadeiro império da trama das 21h.
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Texto escrito pelo leitor Yago Tadeu Borges de Souza.