Grande rede de supermercado acabou sumindo do país após ser comprada pelo Carrefour e situação é essa
Uma grande rede de supermercados, que fez história no país, acabou sumindo do mapa após ser comprada pelo Carrefour e, posteriormente, distribuída entre as principais bandeiras do grupo francês.
Essa rede, inclusive, permaneceu aqui por anos a fio e teve seu grande BOOM nos anos 2000. Vale destacar que se você viveu a época, com toda certeza, já deve ter feito muita compra do mês nesse local.
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Afinal de contas, essa rede era uma das melhores opções de quem procurava variedade e preço baixo. Se você pensou no BIG, acertou!
O nascimento da marca
O Grupo Big surgiu a partir da abertura do primeiro Sam’s Club no país, pela rede Walmart no ano de 1995.
Logo em seguida, eles abriram a primeira loja focada no segmento de hipermercados na cidade de Osasco, em São Paulo, naquele mesmo ano, o Big Hipermercados.
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A rede começou a expansão pela região Sudeste nos anos que se sucederam, tendo seu maior auge nos anos 2000, como mencionamos acima.
Segundo informações coletadas na Wikipédia, em março do ano de 2004, a rede americana também adquiriu a rede Bompreço, de propriedade do holandês Royal Ahold, por 300 milhões de dólares.
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No fim do ano de 2005, o grupo adquiriu a operação de varejo do Sonae no Brasil. A aquisição englobou as marcas BIG, Mercadorama, Nacional e Maxxi e custou R$ 1,7 bilhão.
Na época da aquisição, o Sonae tinha 135 lojas, nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, e faturamento bruto da ordem de R$ 4,33 bilhões.
No fim de 2016, a matriz norte-americana sinalizou que poderia incluir o Brasil em seu plano de desinvestimentos e a filial brasileira amargou prejuízos por 7 dos 10 anos anteriores.
1-Empecilhos à vista
Porém, alguns problemas estruturais na empresa também surgiram, pois o sistema de hierarquia imposto pela matriz não se adaptou ao mercado brasileiro, bem como ao modelo tributário do país.
Outro erro do grupo, segundo especialistas, foi a demora para absorver as marcas regionais adquiridas (do Bompreço, em 2004, e do Sonae, em 2005).
O grupo ainda investiu pesado em hipermercados, em um momento que as lojas de atacarejos começaram a se tornar cada vez mais comuns.
Em junho de 2018, a rede acabou sendo vendida para a empresa de Private Equity Advent. Na ocasião, a matriz norte-americana ainda possuía uma participação minoritária de 20% na nova empresa.
No segundo trimestre de 2018, a rede americana relatou prejuízos com a operação brasileira da ordem de US$ 4,5 bilhões.
2- O fim do nome Walmart
Posteriormente, foi noticiado que a aquisição da filial brasileira não teve custo algum, com o Advent se comprometendo a investir cerca de R$ 2 bilhões na recém adquirida operação.
Em agosto de 2019, com dificuldades na gestão do Walmart Brasil, o novo controlador da rede, a Advent, começou a considerar a extinção do nome Walmart.
A justificativa eram os royalties, de 0,7%, que o novo controlador teria de pagar ao grupo norte-americano pela utilização de suas marcas. Posteriormente, a empresa confirmou que o nome Walmart Brasil seria abandonado e substituído de vez pelo nome BIG.
Outra justificativa, além dos royalties, era o vínculo afetivo com o consumidor do sul (com a marca BIG) e do Nordeste (com a marca Bompreço, posteriormente renomeada para BIG Bompreço).
O grupo ainda continuou operando a marca Sam’s Club, desta vez pagando royalties menores.
Carrefour pega tudo para si!
De acordo com o G1, foi em meados de março de 2021. que os donos dos grupos, Advent e Walmart, informaram sobre o acordo com o Carrefour Brasil para venda da operação pela bagatela de R$ 7,5 bilhões.
A aquisição foi paga 70% em dinheiro, com o Carrefour adiantando R$ 900 milhões no ato da assinatura, e 30% em ações da rede francesa.
Com isso, Walmart e Advent se tornariam sócios minoritários no Grupo Carrefour Brasil, com uma participação próxima de 5,6% no capital.
Em apresentação ao mercado, o Carrefour Brasil destacou que a compra do BIG era complementar a sua atuação (visto que não possuía operações relevantes no Sul e no Nordeste, focos do Grupo BIG).
Fora isso, a rede francesa afirmou que iria acrescentar novos formatos em sua plataforma, como as lojas Sam’s Club, que até hoje é um clube de compras, aonde o cliente recebe descontos exclusivos em produtos importados.
Em janeiro de 2022, a Superintendência Geral do Órgão recomendou a aprovação da transação, condicionada a venda de algumas unidade do varejo de autosserviço.
Mas somente em maio de 2022, o Cade aprovou, com restrições, a compra do Grupo BIG pelo Carrefour Brasil.
A decisão foi unânime e foi condicionada a venda de determinadas lojas do BIG em cidades como Gravataí, Maceió, Olinda e Recife. O Carrefour, no entanto, já tinha propostas para venda das lojas alvo do desinvestimento do BIG naquela ocasião.
Em 7 de junho de 2022, as negociações foram finalizadas e o Grupo BIG passou a ser subsidiária integralmente pelo Grupo Carrefour Brasil.
Quando o Big foi “enterrado” de vez?
De acordo com o portal Exame, no dia 30 de junho de 2023, o Grupo Carrefour concluiu a conversão das 129 lojas anteriormente pertencentes ao Grupo BIG, seis meses antes do previsto.
As conversões foram distribuídas em todas as suas bandeiras, sendo 76 lojas Atacadão, 48 Hipermercados Carrefour e 5 Sam’s Club.
Com isso foram extintas totalmente as bandeiras Maxxi Atacado, Hipermercado BIG e Hipermercado BIG Bompreço, permanecendo apenas as bandeiras Super Bompreço, Nacional e TodoDia.
Enterrando de vez assim um grande império do setor. Stéphane Maquaire, CEO do Grupo Carrefour Brasil fez a seguinte declaração na época:
“Esse é um momento histórico para nós, que sempre acreditamos na integração com o Grupo BIG como oportunidade de fortalecer nossa presença e diversificar nossos produtos e serviços no Brasil” – Iniciou ele que continuou:
“Dessa fusão surge o líder do setor, com mais de mil lojas físicas, e o maior empregador privado do país, com 150 mil colaboradores.”