Após levar calote de funcionária, rede de supermercados acumula dívida milionária e fecha as portas; Confira os bastidores
As rede de supermercados no Brasil sao dominado por gigantes como o Carrefour, mas nem sempre foi assim.
Algumas redes regionais conquistaram espaço significativo ao oferecer proximidade, preços competitivos e um apelo local que fidelizou milhares de clientes.
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No entanto, em 2024, uma dessas redes, antes vista como uma rival em potencial de grandes nomes do varejo, chegou ao seu triste fim, envolvendo um calote e milhões perdidos.
Com uma trajetória que mistura ascensão meteórica e erros de gestão, o desfecho dessa rede impactou clientes, fornecedores e ex-funcionários.
Mas o que aconteceu nos bastidores que levou ao fim a rede? Confira a seguir as informações reunidas pelo TV Foco, com base em informações do portal midiamax.
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De promessa regional ao colapso
Fundado em 2016 como um negócio familiar, o Supermercado Soares cresceu rapidamente. Logo, em poucos anos, a rede se expandiu para seis lojas.
Além disso, alcançaram um faturamento mensal de R$ 7 milhões e empregaram mais de 200 colaboradores.
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Contudo, o rápido crescimento trouxe desafios de gestão que foram agravados em 2023, quando uma ex-funcionária desviou R$ 400 mil da empresa.
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Com dívidas em torno de R$8,4 milhões a rede entrou com pedido de recuperação judicial em novembro de 2023, tentando reestruturar suas finanças.
Recuperação judicial e falência
Apesar de ser uma alternativa para evitar a falência, o processo de recuperação judicial do Supermercado Soares fracassou.
Segundo a administradora judicial, responsável por monitorar o caso, os empresários “se mostraram completamente desinteressados na tentativa de recuperação”, comprometendo as negociações.
Dessa forma, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por meio do juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, decretou a falência do grupo em agosto de 2024.
Assim, a decisão encerrou oficialmente as operações da rede e deu início ao processo de liquidação dos bens para tentar pagar parte das dívidas acumuladas.
Dívidas e credores lesados
Com o fechamento das lojas, dezenas de credores, fornecedores e ex-funcionários foram prejudicados. Entre eles está uma empresa de abastecimento de mercadorias, que relatou um prejuízo de R$ 85 mil:
“Eles deixaram várias dívidas, não somente comigo, mas com vários outros fornecedores, clientes nossos e também funcionários. Essa dívida está em torno de R$ 8 milhões aqui em Campo Grande,” disse um dos sócios da empresa, que preferiu não ser identificado.
Outro empresário destacou a dificuldade em negociar diretamente com os proprietários:
“Tentamos negociações com o proprietário, mas o mesmo não me responde. A última vez que eu consegui falar com ele foi em junho do ano passado. De lá para cá, as mensagens chegam, mas ele não responde,” revelou.
O posicionamento do advogado
Em meio ao colapso da rede, o advogado do Mercado Soares, Victor Marcelo Acosta Cocian, afirmou ao Midiamax:
“No momento, o que posso informar é que os proprietários estão desolados com tudo que aconteceu e que estão estudando alguma forma para saldar minimamente as dívidas futuramente.”
A declaração destaca o impacto emocional nos proprietários e a intenção de buscar alternativas, embora as chances de quitação total das dívidas sejam remotas.
Considerações finais
- O Supermercado Soares cresceu rapidamente, mas sucumbiu a problemas de gestão e um golpe interno de R$ 400 mil, agravando sua situação financeira.
- A tentativa de recuperação judicial fracassou, com acusações de devido falta de comprometimento dos proprietários, resultando na falência decretada em agosto de 2024.
- Credores e ex-funcionários enfrentam dificuldades para receber os valores devidos, que ultrapassam R$ 8,4 milhões.
O fim da rede Supermercado Soares, que já foi um símbolo de sucesso regional, serve como um alerta sobre os riscos de crescimento acelerado sem planejamento adequado e gestão eficiente.
Qual a situação atual do Mercado Soares?
Segundo as últimas informações apuradas, o Supermercado Soares encontra-se em processo de falência, conforme decretado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em agosto de 2024.
Todas as unidades da rede de supermercados foram fechadas, e os bens estão sendo liquidados para tentar saldar as dívidas, que somam aproximadamente R$ 8,4 milhões, afetando mais de 200 credores.
As chances de quitação total das dívidas são incertas, e os credores enfrentam dificuldades para receber os valores devidos.
Os proprietários, representados pelo advogado Victor Marcelo Acosta Cocian, estão “desolados com tudo que aconteceu e […] estudando alguma forma para saldar minimamente as dívidas futuramente“.
