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Dívida de R$1 bilhão e falência: O triste fim de empresa alimentícia gigante após escândalo

11/08/2023 às 10h01

Por: Lennita Lee
Empresa gigante alimentícia teve um triste desfecho após escândalo exposto (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)
Empresa gigante alimentícia teve um triste desfecho após escândalo exposto (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)

Empresa gigantesca no mercado alimentício, cuja marca deve ter sido consumida por você, teve sua falência decretada e situação é essa

O ano era de 2005, quando uma famosa empresa gigantesca do mercado alimentício teve a sua falência decretada pela Justiça, após enfrentar um cenário de escândalos e dívidas.

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Estamos falando do Frigorífico Chapecó, empresa brasileira que havia sido fundada no ano de 1952, e sua importância era tamanha que a mesma era conhecida em mais de 50 países, aonde a mesma era uma forte exportadora de carnes.

A rede também possuía oito unidades industriais, 5 mil empregados e 3 mil produtores integrados.

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Chapecó Frigorífico, fundada ainda na década de 90, era conhecida em mais de 50 países (Foto Reprodução/Internet)

Chapecó Frigorífico, fundada ainda na década de 90, era conhecida em mais de 50 países (Foto Reprodução/Internet)

Escândalo exposto

Segundo o Agrolink, no ano de 1997 o BNDES assumiu o comando geral da empresa com o apoio direto do Banco do Brasil e do Banco Bozzano Simonsen.

A organização começou a ser abalada pela crise de 1998, quando passou ao controle acionário da Alimbras S/A, empresa integrante do grupo econômico Macri, de origem argentina.

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O acordo estipulava igualmente a redução de uma dívida financeira, já existente, de 285 milhões de dólares para 138 milhões.

juiz Mauro Sbaraini, da 1ª Vara Federal de Cascavel (PR), a pedido do Ministério Público Federal (Foto Reprodução/Internet)

juiz Mauro Sbaraini, da 1ª Vara Federal de Cascavel (PR), a pedido do Ministério Público Federal (Foto Reprodução/Internet)

Porém, em  agosto de 2000, um escândalo caiu como uma bomba, visto que o frigorifico sofreu uma quebra do sigilo bancário de duas contas decretada pelo juiz Mauro Sbaraini, da 1ª Vara Federal de Cascavel (PR), a pedido do Ministério Público Federal.

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Essa medida foi tomada para investigar se houve, ou não, intermediação do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira na liberação de recursos do BNDES para o frigorífico.

Foi então, que ficou comprovado que o frigorifico havia recebido o correspondente a 197 milhões de dólares do BNDES.

Fora isso, uma nova recessão iniciada em 2001 (época em que ocorreram os atentados de 11 de setembro nos EUA), o preço do frango e do suíno despencou vertiginosamente e os insumos, principalmente o milho e a soja, tiveram seus preços dolarizados.

A crise econômica na Argentina  também castigou fortemente o Grupo Macri em seu país, com reflexos em suas empresas no Brasil, que tiveram créditos cortados diante do temor de bancos e fornecedores.

No início de abril de 2003, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou a realização de auditoria no Frigorífico Chapecó, solicitada ao Tribunal de Contas da União (TCU) pela deputada Luci Choinacki.

Luci Choinacki (Foto Reprodução/Internet)

Luci Choinacki (Foto Reprodução/Internet)

De acordo com o portal Poder Judiciário de Santa Catarina, naquele mesmo ano também  houve proposta de aquisição pela Coinbra, sociedade integrante do grupo francês Dreyfuss.

As negociações avançaram em 90%, mas os compradores desistiram do processo sem apresentar quaisquer razões. No ano seguinte, em 2004, o frigorífico começou a sua auto falência.

De acordo com o Wikipédia, em janeiro do ano de  2004 a Chapecó entrou com pedido de concordata no Fórum da Comarca de Chapecó, localizado em em Santa Catarina.

Falência decretada e suas consequências

Como consequência da crise, a empresa precisou demitir  4.700 funcionários. Completamente sem recursos, a Chapecó parou de pagar os fornecedores e, por falta de estoque de milho, cerca de 7 milhões de frangos morreram.

Foi aí que no dia 29 de abril de 2005, que a juíza Rosane Portella Wolff, da 3ª Vara Cível de Chapecó, decretou a falência definitiva das empresas Indústria e Comércio Chapecó e Chapecó Companhia Industrial de Alimentos.

De acordo com a juíza, apesar de o BNDES assumir o comando geral da empresa com o apoio direto do Banco do Brasil e do Banco Bozzano Simonsen no inicio de 1997, as medidas gerencias não foram substanciais para conseguir reverter a crise da empresa que se agravou ainda mais.

Como consequência da crise, a empresa precisou demitir  4.700 funcionários (Foto Reprodução/Internet)

Como consequência da crise, a empresa precisou demitir  4.700 funcionários (Foto Reprodução/Internet)

As dívidas chegaram a cerca de 1 bilhão de reais.

Como ficou a situação da empresa?

De acordo com o portal Poder Judiciário de Santa Catarina, o processo de falência da Frigorífico Chapecó, que foi considerado um dos maiores do país, teve decisão importante e, ate mesmo, rara em abril de 2022.

O juízo da 3ª Vara Cível da comarca de Chapecó autorizou o pagamento dos chamados “créditos quirografários”*

O juízo da 3ª Vara Cível da comarca de Chapecó autorizou o pagamento dos chamados “créditos quirografários”* do Frigorífico Chapecó (Foto Reprodução/Internet)

O juízo da 3ª Vara Cível da comarca de Chapecó autorizou o pagamento dos chamados “créditos quirografários”* do Frigorífico Chapecó (Foto Reprodução/Internet)

*Àqueles em que os credores não têm qualquer espécie de preferência legal ou garantia.

 

Chapecó Frigorífico
falência

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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