O fim escandaloso de plano de saúde rival da Amil
Abrir um negócio não é uma das tarefas mais fáceis do mundo. Isso porque uma série de situações pode levar ao fim de um grande empreendimento. Nessa matéria, por exemplo, falaremos sobre a falência de um plano de saúde de uma rival da Amil. A notícia caiu como uma bomba em toda a mídia.
Conforme uma matéria do portal O Tempo, publicada no 29 de janeiro de 2016, os clientes do plano All Saúde que procuraram a sua sede na rua Caetés, região central de Belo Horizonte, foram informados que a operadora de plano de saúde não existia mais e que, portanto, eles estavam sem atendimento.
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“Eles falaram que suspenderam o plano e que era para procurar os meus direitos com advogado. A gente ligava e não conseguia agendamento. A mensalidade de dezembro foi paga, a de janeiro venceu e não recebi outro carnê”, disse João Pereira de Oliveira, cliente da All Saúde, ouvido pelo portal O Tempo.
“Aí vim aqui para ver. Eu não assinei dispensa nenhuma, não mandaram carta para mim, mas disseram que não existe mais”, contou o cliente da All Saúde. Na época, a ANS confirmou que o plano estava sob intervenção fiscal. O comunicado da rival da Amil pegou os clientes completamente de surpresa.
“A All Saúde está em saída ordenada do mercado em razão de anormalidades econômico-financeiras, assistenciais e administrativas graves constatadas pela ANS, que colocavam em risco a assistência prestada aos consumidores”, disse a nota da agência, grande rival do plano de saúde, Amil.
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Ainda de acordo com informações do portal O Tempo, em nota divulgada em 25 de maio de 2021, o empresário Alexandre Costa Pedrosa, sócio majoritário da operadora de planos de saúde foi condenado por sonegação fiscal em valores milionários, após denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Apesar da condenação, ele não foi preso.
As informações dão conta ainda de que, na época, a MPF acusou o proprietário e o contador da empresa, não identificado, por “terem utilizado diversos artifícios para reduzir a base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no ano-calendário de 2008”, conforme nota encaminhada à imprensa.
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Vale lembrar que não foi encontrado informações conclusivas a respeito do plano de saúde, se eles fecharam definitivamente ou se estão abertos. Contudo, a empresa não possui nem site oficial, nem redes sociais. Assim, consideramos todo esse escândalo como um processo de falência.
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Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?
Segundo informações do portal Vem Pra Dome, ambos os institutos têm como objetivo a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.
No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.
A ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, que é considerado irrecuperável.