“A gente faz o melhor que pode e reza para dar certo”, diz chefão da dramaturgia da Globo

07/07/2015 às 15h53

Por: Vitor
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Silvio de Abreu, diretor de dramaturgia da Globo (Foto: Globo/João Cotta)
Silvio de Abreu (Foto: Globo/João Cotta)

Silvio de Abreu em entrevista ao “Ofício em Cena”
(Foto: Globo/João Cotta)

O diretor de Dramaturgia Diária da Globo, Silvio de Abreu, é o entrevistado de Bianca Ramoneda no ‘Ofício em Cena’ desta terça-feira, dia 7, encerrando a primeira temporada do programa da GloboNews. Há 38 anos na Globo, Silvio é um dos maiores autores da TV brasileira. Já viu o Brasil parar para assistir ao último capítulo de uma novela sua, ao mesmo tempo em que teve que tirar uma novela do ar antes do tempo previsto. Apesar de ter toda essa bagagem, ele admite que não faz a menor ideia de como o público vai reagir a cada novo trabalho. “A gente faz o melhor que pode e reza para dar certo. Porque em uma novela tudo é importante: o autor , o diretor, os atores, a relação do ator com o personagem e uma boa escalação. Mas um elenco maravilhoso também não garante uma boa audiência”, reflete.

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Com a experiência que faz dele um veterano, Silvio explica a relação entre qualidade e sucesso na teledramaturgia. “Existe uma comunicação entre novela e público que faz com que eles aceitem ou rejeitem uma coisa independente da sua qualidade. Qualidade e sucesso não têm nada a ver uma coisa com a outra. Tem muita coisa ruim que faz sucesso e muita coisa boa que não faz”. E cita algumas mudanças que tem observado no universo da dramaturgia. “Antes o mocinho não precisava fazer nada, só por ele ser mocinho todo mundo já gostava dele. Hoje em dia o personagem precisa ter atitude”. E complementa: “A novela tem que ir se renovando. Esses truques de folhetim hoje em dia não funcionam mais. Quer dizer, isso é o que eu aprendi até agora. Até esse minuto”.

Ele lembra, por exemplo, que a sua primeira novela na Globo, ‘Pecado Rasgado’ (1978), não foi uma experiência bem sucedida. E credita o fraco desempenho da novela ao seu desejo de implantar um novo gênero, a comédia, numa época em que as novelas eram basicamente dramáticas, e à maneira como o diretor interpretava o que ele escrevia. Menos de dois anos depois ele voltou à Globo, convidado por Cassiano Gabus Mendes, para assumir a novela ‘Plumas e Paetês’ quando Cassiano teve um infarto. Mais de 100 capítulos já tinham sido exibidos sem que Silvio tivesse assistido a nenhum deles. Para dar conta do novo desafio, fez um mutirão: se dividiu com a mulher para, em dois dias, ler todos os capítulos da trama que já tinham ido ao ar. Foi quando Silvio começou a ter liberdade para fazer a comédia que gostaria.

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A entrevista de Silvio de Abreu ao ‘Ofício em Cena’ vai ao ar nesta terça-feira, dia 7, às 23h30, na GloboNews.

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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