Varejista gigantesca do segmento dos esportes, amada por milhares de consumidores brasileiros, hoje faz parte do portfólio da poderosa Magalu e você vai cair para trás quando souber …
E a Magazine Luiza (Magalu), um dos nossos nomes mais relevantes do varejo brasileiro, ainda no ano de 2019, anunciou a compra de uma gigante em artigos esportivos por uma verdadeira fortuna e notícia deixou o mercado de queixo caído.
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Segundo o portal Fashion Network, a transação que ocorreu exatamente no dia 29 de abril daquele ano, fez com que a queridinha trouxesse para o seu portfólio a loja Netshoes Ltda, uma loja do e-commerce que possuí uma variedades de opções de vestuário e calçados com foco em atividades esportivas, conforme mencionamos acima.
A compra custou aos cofres da Magalu um valor de 62 milhões de dólares (o que equivale a um pouco mais de R$300 milhões por aqui), 2 dólares por ação da Netshoes. Vale destacar que ainda no início de abril daquele, a varejista brasileira rival B2W também estava considerando a aquisição da Netshoes.
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Ainda em agosto do ano de 2018, a Reuters informou que a Netshoes havia contratado a Goldman Sachs para buscar um investidor para injetar dinheiro na empresa e reestruturar uma dívida que possuía na época.
Mais sobre a transação
Em meio a um comunicado, a Magazine Luiza informou que os acionistas seriam pagos em dinheiro. A aquisição estava em pleno acordo com seus esforços em aumentar sua presença no e-commerce brasileiro, cujo qual na época já estava crescendo e cada vez mais competitivo.
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Ainda mais com os avanços da Amazon, que acelerava as suas operações na maior economia da América Latina, apenas 7 anos depois de entrar no mercado:
“A Magazine Luiza poderia usar a oportunidade da aquisição da Netshoes para começar a vender roupas e calçados para competir com a Amazon.com no Brasil” – Avaliaram analistas do Banco Brasil Plural
Ainda no dia 29 de abril de 2019, a Netshoes também anunciou a venda de sua subsidiária na Argentina para a BT8 por um valor que não foi revelado.
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Um novo horizonte
De acordo com o Seu Dinheiro, cerca de 10 meses depois, as empresas passaram a funcionar com uma estrutura de back office, co um departamentos de suporte praticamente integrado e a Netshoes passou a contar com 17 centros de distribuição pelo país.
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A robustez do Magalu foi decisiva para superar as despesas e melhorar as perspectivas. Foi o que permitiu, inclusive, que a companhia lançasse o “Retire na loja” no fim de 2018.
O Magazine Luiza que já possuía 1,1 mil lojas se colocou à disposição para a Netshoes implementar a retirada de produto diretamente no estabelecimento.
Como muitos que acompanham a história da Magalu sabem, o e-commerce da varejista cresceu exponencialmente, ainda mais após a consolidação da Netshoes, cuja qual engloba as marcas Zattini e Shoestock.
No primeiro trimestre daquele ano de 2019, embora a empresa tenha registrado prejuízo, houve expansão de 72,6% das operações de e-commerce, na comparação anual. Em maio daquele ano, as vendas digitais aumentaram 203%.
Fora isso, a negociação em torno da Netshoes envolveu um terceiro nome: o Grupo SBF, dono da Centauro, vista como uma das suas principais rivais. A empresa fez uma oferta hostil o que obrigou a Magazine Luiza a aumentar o valor da proposta para as ações da companhia.
Ainda de acordo com o Seu Dinheiro, a Centauro fez a última oferta, de US$ 4,10 por ação, mas a negociação com a Magalu já tinha até aprovação do Cade. Fazendo com que empresa optasse pela oferta mais baixa diante da necessidade de ter um caixa imediato.
Nos meses seguintes, a Centauro revidou ao fechar uma parceria com a B2W para a venda de artigos esportivos e, ainda em 2019, a companhia comprou a Nike do Brasil por R$ 900 milhões.
Porém, esse movimento não foi visto como uma ameaça imediata a Netshoes na época. Enquanto os papéis da Netshoes deixaram de ser negociados na Bolsa de Nova York, as ações do Magalu subiram mais de 170% na B3 em 12 meses.
Os ativos já estavam em um dos ralis mais emblemáticos dos últimos tempos no Brasil.
Quais foram os avanços que a Magalu conseguiu após a compra da Netshoes?
Segundo o portal Terra, com a compra da Netshoes, a Magazine Luiza (Magalu) tornou-se líder no varejo online de roupas, calçados e artigos esportivos, agregando 250.000 itens ao seu portfólio, além das marcas mencionadas acima: Zattini, Shoestock e Free Lace.
Sua base de consumidores saltou para 25 milhões, um incremento de mais de 7 milhões de clientes. Isso sem falar no faturamento no e-commerce somado ao faturamento do grupo Netshoes (cerca de R$1,9 bilhões só em 2017) o que matematicamente colocou a Magali entre as maiores do setor de e-commerce do Brasil.
A Netshoes, que havia amargado um prejuízo de mais de R$90 milhões em 2018, passou a contar com toda a estrutura multicanal da Magazine Luiza (loja online, marketplace, lojas físicas), e seus produtos passaram a ser vendidos por canais digitais e entregues diretamente ao cliente em qualquer uma das suas lojas físicas espalhadas por 17 estados do Brasil.
Potencialmente, esta nova estrutura de canais de venda reverteu o quadro de prejuízo neste negócio e como mencionamos acima, a Magazine Luiza tornou-se líder em volumes de pedidos.
Com o aumento da base de consumidores para 25 milhões de clientes, o Magazine Luiza passa a se relacionar com aproximadamente 42% dos e-consumidores no Brasil;
Este aumento da base de clientes certamente potencializou o share da Magazine Luiza nas categorias core da empresa que, por um “acaso”, são as cinco maiores categorias do e-commerce no Brasil em faturamento (Eletrodomésticos, Telefonia/Celulares, Casa e Decoração, Informática, Eletrônicos);
Este tipo de estratégia inteligente adotada por Frederico Trajano, CEO da Magazine Luiza desde janeiro de 2016, explica como as ações da companhia valorizaram mais de 10.900% (isso mesmo, mais de 10.900%).
Quando Frederico assumiu a presidência da companhia, as ações do grupo varejista (MGLU3) valiam apenas R$1,80. Apenas três anos depois, a mesma ação vale a bagatela de R$ 211,57, o que é visto com extrema notoriedade.