Fora do tom
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O horário das 23 horas é reservado para quem esta de passagem pela frente da TV. Quem, em sã consciência, aguardará um programa iniciar às 23h30 indo até quase 1 hora da manhã, tendo que trabalhar ou estudar no próximo dia?
Acrescente a isto o fato do programa, “Aprendiz”, não ser voltado para o público geral, é direcionado para o mundo empresarial, soma-se o fato de realities de disputas não serem novidade e, principalmente, a total falta de carisma do apresentador e teremos, assim, os menos de 5 pontos para o programa de Justus.
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TV não é isso, Record. É envolvimento, “sintonia” entre apresentador e público. “O Aprendiz” não poderia ser mais destoante, mais fora de esquadro, mais impertinente. E vem ocorrendo outro problema, os termos técnicos e as gírias próprias ao mundo dos negócios. “Brainstorm” é usado à transbordar. Não dá! Este e outros trocentos termos que, fora do contexto brasileiro, viram o suprassumo do pedantismo. “Falo difícil, povo, portanto sou um gênio!” Quem pensa assim está errado.
“O Aprendiz” deveria ser um reality, antes o contrário, é um “Ilha da Fantasiaty”.
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Texto: Cleomar Santos