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Quem leu o “Livro do Boni” e conhece sua carreira magistral percebeu que um dos segredos para o sucesso de uma grade de televisão é “tornar” tudo importante, mesmo que seja uma importância fictícia.
É o “Padrão Globo de Qualidade” onde todos os aspectos da emissora dão à impressão de serem essenciais. Observem por exemplo que há alguns anos não se via um programa de tanto sucesso como o “The Voice” na faixa após a novela, só se igualando em audiência com o tradicional “A Grande Família”. O programa fez sucesso porque foi tratado na Globo como sendo o melhor que poderia ser feito, com um cenário majestoso, quatro nomes de peso da música como jurados, o áudio impecável dos candidatos e a consequente pós-divulgação dos candidatos finalistas e do vencedor nos programas da casa. O público sente que vale à pena parar para assistir.
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Nessa linha de pensamento, vemos que no programa “Cidade Alerta” a “Fórmula Boni” (como eu apelidei) se repete. Por que vemos tantos policialescos com baixa audiência e o “Cidade” mantém-se com altíssimos índices encostando-se às novelas da Rede Globo? Veja o apresentador: antigo nome de peso da Rede Globo, que sabe deixar o programa de certa forma cômica apesar do conteúdo. E principalmente porque as reportagens não são feitas por jornalistas desconhecidos ao público (quem assiste ao programa sabe quem é Fabíola Rabo-de-Arraia, o Menino de Ouro Bacci, o Percival, etc).
O “Jornal Nacional”, por outro lado, vem perdendo audiência a cada ano em ritmo alucinante. Por quê? Porque “na época do Boni” diferente de hoje cada repórter, cada correspondente e logicamente os âncoras eram figuras icônicas – passando para o público que cada uma daquelas pessoas era uma peça fundamental para a realização de um grande telejornal.
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E o fato de manter um horário e quadros fixos apenas demonstra ao telespectador que a emissora em questão considera aquele programa relevante, e esse é um grande passo para o telespectador também o considerar assim (é por isso que a apresentadora Hebe dizia que “Tv é hábito”).
As emissoras têm de “dourar mais a pílula” para valorizar suas programações. Se um programa é mudado constantemente de horário, é muito modificado ou extremamente explorado no canal o telespectador chega à conclusão que se nem a emissora valoriza este programa, que dirá ele.
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Texto: Vinícius
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