Um certo vídeo que está na web causa espanto e tristeza.
O vídeo mostra Paulo Henrique Amorim fantasiado de black bloc fazendo ironia com o editorial da TV Globo que fez homenagem ao cinegrafista assassinado por black blocs.
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Lembrei-me de Rafinha Bastos, de humor duvidoso, de é que exista nele o humor, fazendo ironia e piada com uma cantora e o filho dela ainda no útero.
Também veio lembrança de Danilo Gentilli, que até sabe fazer humor, tentando fazer piada com judeus e o metrô que lembrava o trem da morte.
Paulo Henrique Amorim, embora péssimo apresentador do Domingo Espetacular, tem notável capacidade de comandar grandes reportagens e as que vi sempre foram bem feitas.
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Paulo tem talento de repórter, tem sagacidade, sabe dar encaminhamento numa reportagem e mostrar aquilo que deve ser mostrado.
Mas peca e muito quando resolve deixar de lado todo seu talento de tantos anos de bons serviços ao jornalismo pra se pegar em detalhes revanchistas contra a TV Globo ou adversários dos petistas.
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Num momento em que um cinegrafista foi morto por black blocs, jamais Paulo Henrique Amorim poderia fazer a brincadeira que fez.
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Num momento em que um cinegrafista foi na verdade assassinado e não sei que outro termo usar num caso destes, Paulo Henrique Amorim, que ao que tudo indica, não pode denunciar ou ir contra os black blocs, sabe-se lá por que motivo, embora eu saiba, deveria se calar e não se postar de maneira insólita na tela.
O histórico de seu trabalho não é coerente com sua postura política atual.
Aliás, que postura mais estranha e radical pra um jornalista que durante tantos anos procurava demonstrar imparcialidade.
Se Paulo Henrique Amorim preferiu tomar seu rumo de agora, ele deve ter tido suas razões e não cabe a mim e nem a ninguém achar que ele tomou rumo certo ou não.
Mas desrespeita um momento histórico onde um cinegrafista foi assassinado por membros de um movimento de depredadores, isto é um desrespeito ao jornalismo e Paulo Henrique é ainda um jornalista devendo saber o momento de ficar quieto.
Um homem não deve ser julgado por um momento, tendo um bom histórico de vida, mas pode e deve ser criticado quando o momento se faz errado e contra o sentimento do bem.
Texto: James Akel