Varejista gigantesca dos shoppings luta contra falência e situação vira notícia exposta por William Bonner no Jornal Nacional, principal jornalístico do horário nobre da Globo
Em edição do Jornal Nacional (JN), principal jornalístico do horário nobre da Globo, que foi ao ar no dia 19 de dezembro de 2023, William Bonner confirmou a luta de uma gigantesca varejista, presente em todos os shoppings do país, para tentar escapar da temida falência que aliás tem sido o desfecho de muitos nomes nos últimos anos.
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Trata-se da icônica Americanas, que logo no primeiro semestre de 2023 teve um rombo de R$ 40 bilhões exposto a todos os brasileiros, o que causou espanto e deixou o mercado financeiro escandalizado. Na ocasião da notícia, Bonner afirmou que as dívidas já chegavam a 50 bilhões e mais uma lista extensa de credores, incluindo bancos como o Bradesco:
“Os credores aprovaram o plano de recuperação das lojas americanas. São bancos, fornecedores, que representam 97% da dívida das americanas, estimada em R$ 50 bilhões e que será renegociada. Os acionistas de referência vão injetar cerca de R$ 12 bilhões no aumento de capital da empresa” –
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Crise:
Como mencionamos, a Americanas se encontra em crise desde janeiro do ano de 2023. Segundo o portal O Globo, após o rombo, para conseguir a aprovação de seu plano de recuperação judicial, a varejista teve que assinar um acordo com 57% dos credores quirografários (instituições financeiras).
Esse percentual foi alcançado após o entendimento com o Banco Safra, uma das instituições financeiras mais reticentes, que assinou o acordo de adesão ao plano, o que posteriormente juntou ao:
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- Bradesco;
- Itaú;
- Santander;
- BTG Pactual;
- Votorantim;
- Banco Daycoval.
Vale dizer que, com essa recuperação aprovada, a execução das dívidas foi suspensa fazendo com que a varejista ganhasse mais tempo para renegociar suas dívidas. Entre janeiro a setembro de 2023, a Americanas fechou cerca de 99 lojas deficitárias.
Em comunicado oficial, a empresa afirmou : “A gente considera superada a fase mais crítica pela qual a Americanas passou, porém tem muito trabalho adiante até que a gente volte consistentemente a gerar resultados operacionais”.
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Como está a situação da Americanas atualmente?
Agora no ano de 2024, a Americanas ainda permanece em fase de recuperação judicial e, apesar de ainda lutar com a ameaça da falência, os números foram um tanto animadores.
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Conforme a InfoMoney, ela encerrou o mês de março de 2024 com caixa disponível final R$ 1,356 bilhão, 23% maior que o registrado no mês anterior, de R$ 1,099 bilhão.
As informações constam do relatório de atividades mensais da companhia divulgado pelos administradores judiciais. Segundo o documento, a dívida da empresa em março de 2024 se encontrava na casa dos R$ 21,271 bilhões.
Em moeda americana, a dívida era de US$ 1,068 bilhão. Entre abril de 2023 e março de 2024, a dívida da varejista em dólar permaneceu estável e em real aumentou em 3,3%.
Durante o mês de março, não houve desembolso para pagamento de dívidas bancárias, porém houve o desembolso de R$ 4,1 bilhões a credores do plano de recuperação judicial. Nos últimos 12 meses, a empresa desembolsou R$ 737,141 milhões para pagamento de dívidas em reais e nenhum valor para o pagamento das dívidas em dólares.
Segundo o e-investidor, os dados mostram ainda que o canal digital registrou investimento de R$ 2.550.431,75, para o período de abril de 2023 a março de 2024.
O prazo médio dos produtos em estoque foi de 56 dias em março de 2024, o que representa uma redução de 55,9% em relação ao indicador calculado em abril de 2023, tendo um impacto positivo no ciclo de caixa.
Ainda em março de 2024, a Americanas contratou 112 pessoas jurídicas que, por sua vez, disponibilizaram 1.433 colaboradores para as atividades operacionais especificamente para
- Operações de distribuição;
- Logística dos centros de distribuição;
- Operação de lojas físicas;
- Limpez;
- Manutenção e segurança.
Nova bomba:
No dia 27 de junho de 2024, uma grande operação foi desencadeada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro. Batizada de Operação Disclosure, a ação se dedicou a cumprir mandados contra ex-diretores das lojas Americanas, envolvidos em um escândalo de fraude contábil estimado em R$ 25,3 bilhões.
De acordo com O Antagonista, esses mandados incluíram 2 ordens de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão, foram expedidos pela 10ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro. A mesma autoridade judicial viabilizou o sequestro de bens dos investigados.
Essas diligências ocorreram nas residências dos ex-diretores da empresa, todos suspeitos de terem desempenhado papéis significativos em uma das maiores fraudes já registradas no Brasil.
A investigação teve como alvo práticas como manipulação de mercado e uso de informações privilegiadas.
As evidências chegaram a conclusão de que os executivos supostamente anteciparam pagamentos a fornecedores com dinheiro de empréstimos bancários, além de registrarem contratos fictícios de verbas de propaganda cooperada.
Estes elementos são bem comuns no setor varejista para promoção conjunta, porém, foram reportados de maneira fraudulenta no caso em tela.
De acordo com informações da Polícia Federal, a atual diretoria das lojas Americanas colaborou assiduamente e ativamente com as investigações. Esta parceria, inclusive, foi crucial para o esclarecimento completo dos métodos utilizados pelos ex-diretores e para a recuperação dos valores fraudados.
Essa atuação transparente e cooperativa da empresa ainda contribuiu para a mitigação de danos à sua imagem e credibilidade.
Fora isso, em nota divulgada ao portal UOL, a varejista afirma que também foi uma vítima de fraude por sua antiga diretoria: “As Americanas acreditam na Justiça e aguardam a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”. Veja o vídeo abaixo:
Importância da Americanas:
As Lojas Americanas foram fundadas em 1929 por John Lee, Glen Matson, James Marshall, Batson Borger (americanos) e Max Landesmann (austríaco) e hoje é uma das principais e mais consolidadas redes varejistas do Brasil, contando com mais de mil unidades em todo o Brasil.