A OMS analisa produto como um possível causador de câncer e você deve ficar atento a essas informações
A OMS (Organização Mundial da Saúde) é uma entidade extremamente importante no mundo, que foi muito falada pelos brasileiros, principalmente durante o período mais crítico da pandemia da Covid-19.
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Agora, juntamente com o IARC (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer) ela está investigando um item muito comum na cozinha de todos e que pode causar câncer.
Estamos falando do aspartame, que é um dos adoçantes artificiais mais utilizados para substituir açúcar. Ele é encontrado em gomas de mascar, biscoitos, sucos de caixinha e refrigerantes.
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Segundo o portal Metrópoles, um produto pode entrar na lista de possível cancerígeno para humanos quando as pesquisas da IARC mostram que há alguma evidência de ligação entre a substância e a doença.
Mas essa decisão não leva em conta o quanto desse mesmo produto pode ser consumido com segurança.
Quem determina esse fator é o comitê de especialistas da OMS sobre aditivos alimentares, conhecido como Jecfa ( Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS e da Organização para Agricultura e Alimentação), juntamente às determinações dos reguladores nacionais.
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Opinião contrária
A classificação do aspartame como produto cancerígeno, que deve se tornar oficial em 14 de julho deste ano, poderá causar manifestações contrárias por parte da indústria de alimentos, que usa com muita frequência o adoçante.
Por outro lado, o Jecfa afirmou, em 1981, que o aspartame é seguro para ser consumido dentro dos limites diários aceitos. Por exemplo: um adulto de 60 kg teria que beber entre 12 e 36 latas de refrigerante diet para correr algum risco.
O comitê de aditivos também está revisando o uso do produto e deve anunciar suas conclusões sobre quantidades no mesmo dia que a IARC
Em contrapartida, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não reconhece nenhuma ligação do aspartame com o câncer.
Segundo o que foi comunicado por ela mesma, no ano de 2020, existe um senso comum entre diversos comitês internacionais aonde é constatado que o aspartame pode ser considerado seguro SE consumido dentro da ingestão diária aceitável.
Decisões anteriores da IARC sobre diferentes substâncias levantaram preocupações entre os consumidores em relação ao seu uso, resultando em ações judiciais e pressionando os fabricantes a reformularem suas receitas e buscarem alternativas.
Essas situações têm sido alvo de críticas, que julgam as avaliações da IARC como confusas para o público em geral.
É bom frisar, que há um tempo atrás, a IARC havia colocado o trabalho noturno e o consumo exacerbado de carne vermelha na lista de hábitos e produtos que podem causar câncer, bem como o uso de aparelhos celulares.
Segundo um porta-voz da IARC as conclusões dos dois comitês eram confidenciais até julho, mas ressaltou que eles são complementares. A conclusão da mesma representaria “o primeiro passo fundamental para compreender a carcinogenicidade”.
Qual a preocupação real diante da divulgação desses dados?
É certo que o comitê de aditivos realiza uma avaliação criteriosa de risco, o que determina a probabilidade de ocorrência de um tipo específico de dano, como câncer, em determinadas condições e níveis de exposição.
Porém, tanto a indústria quanto os órgãos reguladores estão preocupados que a condução simultânea dos dois processos possa gerar confusão, e até mesmo pânico.
Segundo a Reuters, cartas foram enviadas por reguladores dos Estados Unidos e do Japão, cujo conteúdo solicitava que ambos os órgãos reguladores coordenassem seus esforços na revisão do aspartame, afim de evitar qualquer tipo de confusão e preocupação intensiva entre o público.
A carta também solicitava que as conclusões de ambos os órgãos fossem divulgadas no mesmo dia, como está ocorrendo atualmente.