Em edição do Jornal da Globo, jornalístico da madrugada da emissora, Lo Prete anunciou uma nova proibição da ANVISA contra produto queridinho, principalmente entre os mais jovens
Ainda na madrugada do dia 20 de abril deste ano de 2024, a âncora do Jornal da Globo, um dos principais jornalísticos da emissora, Renata Lo Prete, noticiou sobre uma proibição da ANVISA contra um produto super queridinho, principalmente entre os mais jovens.
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Isso porque a autarquia decidiu, por unanimidade, manter a proibição da importação, fabricação e comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil. Essa decisão foi tomada depois de uma consulta pública e um alerta dos médicos para os severos riscos à saúde.
Ainda de acordo com a matéria exposta no Jornal da Globo, essa conclusão ocorreu após um dia inteiro de reunião para chegar a esse veredito da autarquia. Vale destacar que o assunto ainda gera muitas polêmicas, afinal de contas, apesar da proibição, muitos ainda fazem uso desses produtos pelas ruas e bares e sem nenhum tipo de receio.
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A reunião
A reunião mencionada começou com uma apresentação de 80 vídeos de representantes da sociedade civil, resultado de uma consulta aberta que durou 60 dias.
Ao voltar a deliberar sobre o assunto, o presidente da ANVISA, Antonio Barra Torres, que inclusive é relator da matéria, reafirmou o compromisso da agência com a ciência:
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Ele ainda destacou o impacto da liberação em outros países do mundo e votou para que a proibição do cigarro eletrônico fosse mantida no Brasil.
Os outros 4 diretores da Anvisa seguiram o relator e ficou mantida a proibição dos cigarros eletrônicos.
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Fora isso, foi proposto mais de 20 medidas de combate ao uso desses dispositivos, entre elas um plano de comunicação na linguagem que chegue aos jovens para conscientizá-los sobre o perigo dos dispositivos eletrônicos.
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A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia, Margareth Dalcolmo, que também falou na reunião da ANVISA, apresentou estudos científicos sobre o alto risco dos cigarros eletrônicos à saúde.
Em suas declarações, Margareth afirmou que o vício é muito grande e a concentração de nicotina é até maior do que em cigarros comuns.
Fora isso, ela alegou que o mesmo poderia conter substâncias causadoras das chamadas doenças pulmonares crônicas obstrutivas, capazes de fazer o pulmão parar de funcionar. Isso sem falar nas substâncias como benzopireno entre outras altamente cancerígenas.
Uma decisão não tão nova assim
Vale destacar que desde o ano de 2009, por decisão da ANVISA, o Brasil proíbe comercializar, importar, fabricar ou fazer propaganda de qualquer dispositivo eletrônico para fumar.
Mesmo assim, como o próprio César Tralli afirmou, é muito fácil encontrar grupos de pessoas usando os chamados vapes, pods e cigarros eletrônicos pelos bares e ruas das grandes cidades.
Conforme dissemos acima, ele é muito requisitado entre os mais jovens, segundo dados recentes expostos no JN, já são quase 3 milhões de usuários no país.
O que disse a oposição diante da decisão da ANVISA em manter essa proibição contra os cigarros eletrônicos?
Apesar de todos esses dados, o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco, Iro Schunke, defendeu a liberação dos cigarros eletrônicos.
Depois da decisão, a Associação Brasileira da Indústria do Fumo também afirmou, em nota, que: “A proibição dos cigarros eletrônicos não protegeu os consumidores brasileiros do descontrole do mercado ilegal”.
Mas a Associação Médica Brasileira ressaltou que é fundamental que a população seja esclarecida dos riscos para a saúde:
“É proibir e conscientizar que não se use. Só a proibição não adianta. Então, nós temos, realmente, que ter uma campanha de educação, conscientização na juventude para que não se inicie no cigarro eletrônico e que deixem de fumar”
Atualizações:
Vale destacar que um estudo preliminar sobre cigarros eletrônicos identificou a substância octodrina, que é semelhante à anfetamina. Segundo o portal G1, essas informações foram divulgadas pela Polícia Científica e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), responsáveis pelas análises.
Conforme as instituições, a presença desse componente não é declarada nas embalagens dos chamados vapes.
Também conhecida como dimetilhexilamina (DMHA), a octodrina possui propriedades semelhantes às anfetaminas e apresenta riscos significativos à saúde, incluindo quadros graves de intoxicação, dependência e abstinência.
Para a Polícia Científica, a detecção de octodrina em todas as amostras analisadas levanta ainda mais as preocupações (já existentes) quanto à falta de transparência na composição dos cigarros eletrônicos disponíveis no mercado clandestino.
Outro aspecto levantado pela equipe que participou da análise é que a composição química dos cigarros apresentam alguns riscos toxicológicos significativos. Isso porque o líquido e os flavorizantes, quando expostos a altas temperaturas, podem produzir substâncias nocivas, especialmente com o uso crônico.