Juntas há sete anos, a coordenadora da seleção feminina de futebol do Peru foi a doadora de óvulos na gestação de sua esposa e viverá a dupla maternidade
Há 30 anos com grande dedicação ao futebol, a brasileira Emily Lima, atual coordenadora técnica da seleção feminina de futebol do Peru, anunciou na última semana a gravidez com sua esposa Pollyane Ribeiro. A futebolista foi a doadora dos óvulos da fertilização in vitro feita pelo ginecologista e especialista em reprodução assistida, Vinicius Bassega, em sua parceira.
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Ter filhos sempre foi um desejo do casal, e agora, as duas viverão a dupla maternidade. Por questão de segurança e saúde, optaram pela Polly gestar a gravidez devido a faixa etária dela. O processo é longo, e por vezes, cansativo, e o apoio do Dr. Vinicius foi fundamental para esclarecer todas as dúvidas e deixá-las tranquilas. “A Polly está com 14 semanas, 3 meses e meio. Hoje estamos tranquilas, não estamos ansiosas. Curtindo cada momento e processo.”, comenta a treinadora brasileira Emily Lima.
Em março deste ano, por decisão do Supremo Tribunal Federal a licença-maternidade passou a ser estendida para mães não gestantes, em uniões homoafetivas. Com olhar sobre o assunto, a FIFA também anunciou recentemente apoio à gestação e maternidade das jogadoras profissionais de futebol em todo o mundo. O passo importante dentro do futebol foi comemorado pelas jogadoras que optam pela maternidade durante suas carreiras.
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“Estamos vivendo um momento muito especial e emocionante em nossas vidas, nossa gravidez é um sonho, e estamos profundamente agradecidas pelo apoio e amor que recebemos durante todo esse processo. A certeza de que estamos formando nossa família é uma alegria indescritível e um verdadeiro presente”, conta Pollyane.
A decisão fortalece o compromisso com a igualdade de gênero e a proteção dos direitos das mulheres no esporte. Entre as mudanças mais significativas está o direito a um período de licença remunerada após o parto, estendendo-se também às mães adotivas e não biológicas. Além disso, as mães poderão gerar um vínculo com o bebê, amamentar e vivenciar o período de desenvolvimento.
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“É muito gratificante para mim contribuir para que mais pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ possam constituir suas famílias. É valioso ver que as atletas confiam no meu trabalho e que outras esportistas que já fizeram tratamentos comigo me indicam para suas colegas de profissão. No caso da Emily e Polly, um dos maiores desafios foi que elas moram fora do Brasil. Com a Emily trabalhando como treinadora da seleção do Peru, tivemos que organizar cuidadosamente cada etapa do tratamento de acordo com a agenda delas, como por exemplo, a vinda para o Brasil para a coleta dos óvulos e também no momento da transferência embrionária. Agora, o sentimento é de felicidade. Sabemos que o processo é complexo e a ansiedade está presente, mas a sensação é de dever cumprido e trabalho bem feito”, reforça Dr. Vinicius.
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