Falência de montadora de carros afundada em dívidas, com SUV amado, gera desespero e deixa donos chorando no banho
A falência de uma renomada montadora pegou clientes e entusiastas de surpresa, deixando um rastro de incerteza e frustração.
Conhecida por produzir um SUV que conquistou milhares de fãs, a empresa não resistiu à pressão das dívidas e encerrou suas atividades.
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O TV Foco, a partir do seu time de especialistas em carros e das informações do Auto Esporte da Globo, detalha agora a falência da SsangYong no Brasil.
Montadora de carros SsangYong
A montadora sul-coreana SsangYong tentou diversas vezes consolidar sua presença no mercado brasileiro.

Sua primeira incursão ocorreu entre 1995 e 1998, quando um grupo sediado em Barbados importou os primeiros lotes de forma independente. Contudo, essa operação foi encerrada em 1998.
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Segunda tentativa
Em 2001, a SsangYong retornou ao Brasil sob a representação do grupo Districar, que importou 16,5 mil veículos até 2015.
Durante esse período, modelos como o Korando e a picape Actyon Sports chegaram ao mercado nacional.
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Contudo, a combinação de queda nas vendas, alta do dólar e restrições impostas pelo regime automotivo Inovar-Auto levou ao encerramento dessa parceria em 2015.
SUV querido
Determinada a se reposicionar no mercado brasileiro, a SsangYong anunciou, em setembro de 2017, seu retorno oficial ao país.
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A operação ficou sob responsabilidade do grupo JLJ, por meio da Venko Motors, com um contrato de parceria válido por 10 anos. A estratégia incluiu a oferta de quatro modelos: a picape Actyon Sports e os utilitários Korando, Tivoli e XLV.
O Tivoli, um SUV compacto com dimensões semelhantes às do Jeep Renegade, foi um dos principais lançamentos dessa nova fase.
Oferecido no exterior com motores a diesel ou a gasolina, o modelo prometia preços competitivos no mercado nacional.
Tentativa de consolidação
Para reconquistar a confiança dos consumidores brasileiros, a SsangYong estabeleceu algumas medidas:
- Implementação de um centro de distribuição de peças no interior de São Paulo para garantir a reposição eficiente.
- Além disso, oferta de serviços de pós-venda para proprietários de modelos antigos, como o SsangYong Musso dos anos 1990.
- Estabelecimento de 30 concessionárias até janeiro de 2018, com a meta de alcançar 50 até o final do mesmo ano.
Falência
Porém, apesar dos esforços, a SsangYong enfrentou desafios significativos no mercado brasileiro. Contudo, a forte concorrência no segmento de SUVs e as oscilações econômicas dificultaram a consolidação da marca no país.
Por fim, esses fatores culminaram em dificuldades financeiras que levaram a empresa a declarar falência em 2020.
Qual é a maior montadora de carros do Brasil?
A Fiat lidera o mercado brasileiro de automóveis, com uma participação de 15,04% no segmento de automóveis e comerciais leves somente em 2024.
Além disso, a Volkswagen atingiu a marca de 25 milhões de veículos produzidos no Brasil, consolidando-se como a maior fabricante de automóveis do país.
CONCLUSÃO
Por fim, a trajetória da SsangYong no Brasil exemplifica os desafios enfrentados por montadoras estrangeiras ao tentar se firmar em mercados competitivos.
Porém, mesmo com estratégias de adaptação e investimentos, fatores externos e internos podem influenciar decisivamente o sucesso ou o fracasso dessas operações.
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